sábado, 20 de fevereiro de 2010

CONSELHO ESCOLAR E O APROVEITAMENTO SIGNIFICATIVO DO TEMPO PEDAGÓGICO,


Hoje fica claro que a escola deve proporcionar um tratamento igualitário a todos, e para tanto se faz necessário considerar as diferenças, cabendo ao Conselho ficar atento aos sinais que evidenciam que os estudantes estão sendo respeitados em seu ritmo de aprendizagem e que, de fato, a reorganização do trabalho pedagógico favorece esse ritmo. Bem idealizam se assim um Conselho presente diuturnamente no ambiente escolar, participando de todas as reuniões pedagógicas, administrativas, encontros de formação continuada dentro e fora da escola.
Não para por ai, o caderno na página 30 ainda afirma que “... aliado ao empenho dos docentes é necessário garantir as condições dignas de trabalho...” O Conselho não só deve estar atento ás necessidades de aprendizagem dos alunos como também ás condições de trabalho dos docentes e por extensão acrescento os não docentes também, uma vez que desempenham atividades educativas dentro do ambiente escolar.
Assim, o Conselho Escolar precisa estar preparado e estabelecer suas estratégias. Duas funções lhe são demandadas: deliberar sobre as formas de promover os princípios de convivência democrática no âmbito escolar e participar ativamente dos processos avaliativos. Essas duas funções complementares visam um único objetivo: assegurar, na instituição, um ambiente de aprendizagem ao estudante, visando a sua formação cidadã.
Colegas todas as formações ou reuniões que tivemos nos últimos dois anos os formadores e ou palestrantes focalizam mais o aspecto financeiro e burocrático dos Conselhos deliberativos em detrimento do pedagógico.
Dão muita ênfase ás punições, ás certidões que o Conselho Escolar tem que declarar etc.... acredito que uma nova escola só será possível, com melhoria no aprendizado se superarmos esta barreira da burocratização de nossos Conselhos deliberativos. Até porque no livro lido temos uma frase que diz assim “A escola pública É, portanto, espaço da crítica e da utopia...”

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O pensamento de Dilma: Estado, economia e Políticas sociais


Nesta Terça feira 16 de fevereiro de 2010, na Folha On-line deparei com uma matéria assinada pela Jornalista MARTA SALOMON, reproduzida e amplamente discutida no Blog do Nassif (www.luisnassif.com.br) que colocava algumas pinceladas em relação ao pensamento da candidata DILMA, na verdade estou, nos últimos dias tentando entender o que pensa Dilma em relação a diversas questões.
Alguns questionamentos me intrigam como as declarações do ex presidente Fernando Henrique dias anteriores de que Dilma é reflexo de um líder, dando a entender que ela não tem posicionamento próprio.
Creio que não seja verdadeira tal afirmativa, basta olhar o passado de luta e de enfrentamento de Dilma que podemos dizer sim que a mesma tem posições firmes e até interpretada pela oposição como sendo “autoritária” em várias questões.
Segundo a reportagem Dilma Rousself defendeu a presença mais forte do Estado na economia, não só para induzir investimentos mas também para tocar obras. Não há novidade nenhuma neste item, o Estado forte na economia é com certeza um elemento essencial para o desenvolvimento de políticas publicas principalmente na área social, como vem promovendo o governo Lula. O que não acontecerá com certeza num eventual governo Serra onde teremos um Estado mínimo nas questões econômicas e nulo nas questões sociais,deixando o Brasil a mercê de uma especulação internacional, etapa superada com o governo Lula.
A grande imprensa quer, a todo custo atribuir a este pensamento de Dilma (e por não do PT?) para as questões de garantias e direitos individuais. Afirmam que um Estado forte será o pano de fundo para o controle da imprensa e da supremacia do Estado sobre os diretivos e garantias individuais do cidadão, vejamos a esculhambação que fizeram com o PNDH-3 ( Programa Nacional de Direitos Humanos – 3). Ao que parece o pensamento de Dilma em relação ao Estado refere se ao prisma econômico, considero injusto atribuir a ela redução nas questões atinentes a direitos e garantias individuais e ou coletivas.
Outro ponto que achei interessante na curta entrevista é a justificativa da pré candidata á presidência de que o Estado forte servirá para “para universalizar serviços de saneamento, melhorar a segurança pública, ampliar o número de unidades de atendimento na saúde e a oferta de habitação a partir de 2011. Parece ser esta uma marca do Pós Lula a ser implementado. As políticas sociais continuarão, não ficando claro em que intensidade, mas com uma outra lógica. Interessante que parece transcender as políticas sociais interventivas como Bolsa família e outras de acesso ás universidades. A mesma finaliza a reportagem dizendo que "O grande desafio é ainda superar o peso dos 25 anos de estagnação da economia e das políticas sociais. Nós vamos fazer, sabemos como fazer, aprendemos o caminho no governo Lula", diz a pré-candidata. Ainda bem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval, marchinas e Politica ( faltou futebol)

Infelizmente quando se fala em politica, inevitavelmente vem em nossa mente corrupção. Este video faz alusão ao Mensalão do DEM no DF

Esta é a marchinha da Dilma..."depois do cara a gente vota é na coroa"... boa demais.....

Esta faz uma critica divertida á preferencia de lula´por Dilma....



Marchinha de Carnaval 2010 - Vem, moça bonita......

Nara Leão

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Novos Comportamentos I

Tenho por hábito observar o meu entorno. Não só no aspecto físico/espacial mas também nas nuances imateriais que caracterizam um determinado espaço ou situações fáticas.
O sentar em uma mesa, tomar uma cerveja gelada é sem sobra de duvida oportunidade ímpar para entender a sociedade em que vivemos, principalmente os novos comportamentos, na maioria da vezes protagonizados pelos jovens. Digo pelo jovens porque vejo muitos marmanjos tendo atitudes e posicionamentos juvenis, neste caso minha analise não é outra a não ser caracterizar como ridículo, lembrando de uma das frases da musica sertaneja raiz- “a coisa que eu mais detesto é ver homem barbado fazendo gracinha”...
É inegável o espírito inovador apresentado pela juventude, só um míope poderia desconhecer ou mesmo desconsiderar a contribuição que a juventude, principalmente na história recente do Brasil, vem dando. Parafraseando alguém eu diria que a “juventude acerta até quando erra”, suas posições são objetos de analises ao longo das décadas, basta ver a quantidade de publicações referente ao episodio do impeachement de Collor, só para citar um exemplo recente.
As novas realidades atingem em cheio a juventude. Os Ipods, MPs de 3 a 10, os telefones celulares, as câmeras digitais, etc.... mas toda esta parafernália tecnológica leva a mudanças de comportamentos.O individualismo. Este parece ser a palavra chave deste século. As relações humanas tornaram se individualistas, numa clara contradição, pois se há relação como poderá existir individualismo?As relações pressupõe partilha, certo? Mas as estar com os amigos em uma praça publica, na ótica dos mais novos de hoje é estar com os amigos, bater um papo, mas não abrir mão de consultas intermináveis no celular, fones de ouvidos, ou abrir o porta mala do carro é colocar a musica que deseja o pequeno grupo da mesa, na altura que acham ser o ideal. Os outros freqüentadores se quiserem, tem que se contentar com aquele som.
Perde se a noção do coletivo, do respeito ao direito dos outros. Distorceu se a concepção do que vem a ser publico. Não culpo a juventude pois os maus exemplos vem de cima, principalmente pela classe política que não consegue distinguir o que é publico com o privado, usam e abusam dos recursos do povo ara satisfazer sanhas pessoais.
È urgente uma discussão ética e estética do uso dos espaços públicos, e com certeza vão me dizer que cabe aos educadores, porem acredito que os primeiros educadores são a família, lá sim deve iniciar esta mudança com a qual todos tem a ganhar.......

sábado, 21 de março de 2009

Gilmar Mendes o Ministro que fala muito e não tolera a liberdade

A cada dia que passa fico estarrecido com a posição politica ( o que não deveria acontecer) do Ministro Gilmar Mendes. Grande defensor das liberdades, como ele mesmo diz e zeloso pelo cumprimento da Carta Magna.
Porem vejo sempre nas intervenções de Mendes uma tendencia a parcialidade. será que Mendes nao sabe que ele não ocupa cargo politico e sim tecnico? A ultima vitima de Mendes são os movimentos populares pela reforma agraria, principalmente o MST.
Encontramos este texto na internet, escrito pelo Jornalista Altino Machado>
Fui desrespeitoso e cometi um erro hoje contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que está em visita ao Acre para uma palestra sobre drogas para jovens da rede pública estadual.

Ao fazer a primeira pergunta de uma entrevista coletiva, indaguei:

- Ministro, o senhor tem se manifestado constantemente em defesa da propriedade, contra as invasões, mas em nenhum momento o senhor se manifestou contra dezenas, centenas de assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais . [Até aqui, a pergunta é pertinente e correta do ponto de vista jornalístico, o exagero se deu na seqüência] Isso decorre do fato de o senhor ser ministro ou pecuarista?

A resposta do ministro veio à altura:

- Devo lhe dizer o seguinte: eu tenho me manifestado contra qualquer violação de direitos, qualquer violação de direitos. Eu não quero que haja assassinatos, independentemente de… Que não haja violência. Pode-se protestar, pode-se fazer qualquer consideração, mas tem que ser respeitado o direito de outrem. A pergunta de qualquer forma é desrespeitosa. O senhor tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta. Eu não sou pecuarista.

Ao formular de improviso a pergunta, tomei como base o manifesto distribuído no dia 6 de março pela pela Secretaria Nacional da Comissão Pastoral da Terra da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, onde está afirmado (e até hoje não contestado publicamente), que o ministro Gilmar Mendes “não esconde sua parcialidade e de que lado está” e que é “grande proprietário de terra no Mato Grosso”.

Exagero também veio da parte de quem tanto critica a existência de um estado policialesco no país. Orientado pelo ministro, um assessor dele telefonou para a Polícia Federal, logo após a entrevista, e pediu aos agentes:

- Fiquem de olho naquele moço, pois ele é muito perigoso.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não se enganem! Ele é Estadunidense!!!!








Hoje fiquei mais de três horas assistindo a posse do Presidente eleito dos EUA, Barack Husseim Obama, o “Baracobana” como se houve por aí. Sorriso largo, silhueta esguia, dentes perfeitos, uma simpatia de homem. Visual Jovem mas que inspira firmeza e sinceridade. “Baracobama” é Pop. Está sempre bem trajado e acompanhado de sua esposa igualmente estonteante. Na verdade, com a família Obama o principio de que os opostos se atraem não teve vez, os dois são uma simpatia só. E as menininhas do casal? Uma doçura!
Minha sogra, ao ver as imagens e a multidão pelas tomadas aéreas exclamou – Torci por ele Orlandir! Ele disse que vai ajudar os pobres!Ele foi sofrido! E a legenda da transmissão ao vivo colocava caracteres no rodapé da tela da TV com dizeres do tipo – “Posse de Obama, um Momento Histórico!” ou “ Obama na Casa Branca, o primeiro Negro presidente dos EUA!”. Um coral de crianças branquinhas cantando musicas angelicais.
Mas o novo presidente Estadunidense é sim um vencedor, sua trajetória é marcada por desencontros no arranjo familiar, porem sempre teve a admiração e a simpatia de todos mas não se enganem, ele não é santo! _“...eu provavelmente questionava minha identidade mais do que a maioria. Como criança de um lar desfeito e de uma família relativamente modesta, eu tinha muito ressentimento do que minhas circunstâncias justificavam e nem sempre canalizei esses sentimentos de maneira particularmente construtiva”. È um ser humano. Talvez isso é que faz dele um fenômeno mundial, festejado e aclamado. Quem sabe este traço humano de Obama é que levou ele ao centro do poder da maior nação do planeta.
Esta característica altruísta levou Obama a trabalhar, em seu retorno da Indonésia em um Projeto de Comunidades em Desenvolvimento, e ele tinha como missão organizar igrejas negras no bairro industrial de South Side, uma área prejudicada pela perda das usinas de aço e das fábricas. A tarefa era mobilizar os residentes a promover mudanças, seja fazendo um lobby por um centro de treinamento para empregos, seja exigindo mais parques ou removendo amianto de casas.
Logo, quando dizem que ele vai ajudar os pobres, aí que reside minha preocupação!Os pobres dos Estados Unidos querem o que? Bem em uma época de crise, querem investir e para isso necessitam de energia. Retirar tropas do Oriente Médio nem pensar, a máquina de guerra Norte Americana precisa movimentar para fazer a economia crescer. Energia alternativa? Que bom! Ele vai apoiar o etanol e o biodieesel brasileiro!
Que nada, os pobres lá dos Estados Unidos querem subsídios para continuarem plantando milho e produzindo etanol de milho em detrimento do etanol da cana de açúcar e do biocombustível do Brasil!
Não se enganem “baracobama não é brasileiro”!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Em politica se vive ( os corruptos dizem aproveita) o momento.......


Dizem que a vida é feita de momentos. Momentos felizes e momentos tristes. A política também se vive de momentos.
Vou dar um exemplo de momentos na política. A união do PT de Cáceres a Túlio Fontes (DEM). Há uma intensa euforia. Nas andanças pela cidade e conversando com pessoas de mais diferentes tendências e classes sociais percebo que, o cacerense vê com bons olhos. Muitos chegam a afirmar que o partido que levou Túlio ao poder foi o PT, aqueles que não aceitam esta união dizem... Foi o Dr José Renato.... Bem o que importa é que Túlio fez uma campanha diferente, pelo menos para os padrões de Cáceres. Foi uma campanha de militância. Povo na rua e pequenas reuniões em residências nos mais diferentes pontos da cidade. Túlio chegou a fazer em um só dia mais de 15 reuniões. Era uma maratona. Não teve comitê eleitoral. Não fez nenhuma carreata mas sim pedaladas, os simpatizantes da campanha percorriam bairros e mais bairros de bicicleta nos fins de tarde......
O PT, inegavelmente ensinou a Túlio a fazer uma campanha diferente!!!
Mas a união não é estável, 2010 vem aí. Dilma está no páreo e José Serra vem com tudo. A briga nacional PT X PSDB/DEM vai ter suas versões regionais e por estas bandas não será diferente.
Tudo indica que Pedro Henry ( hoje mais arranhado do nunca) irá formar um bloco e desincompatibilizar de vez com o governador Blairo Maggi. A imprensa noticia aproximações de Pedro com Wilson Santos, candidatíssimo a governo do Estado em 2010, por sua vez vê se a aproximação de Wilson com Zé Carlos do PÁTIO prefeito de Rondonópolis criando assim a tríplice Cuiabá/Cáceres/Rondonópolis. Então fica assim, Wilson governador, Pedro Henry Senador e PÁTIO fica provavelmente para uma posterior negociação.
Do outro lado a briga já começou e a causa por enquanto é o andamento das obras do PAC em Cuiabá, projeto este tem a pretensão de ser o carro chefe da campanha de Dilma (PT) a presidente em 2010. Estamos assistindo a uma série de acusações do representante do Governo Federal á lentidão das obras, sob a responsabilidade da prefeitura comandada por Wilson e criticas ácidas do governo do estado ao desempenho do prefeito.
Portanto PT estará com o governador Blairo, que estará com Dilma. Ai que entra o melhor da história. Túlio, nestas condições vai perder o apoio e a simpatia do PT da cidade ou vai nadar de braçada na campanha de Jose Serra, que, afinal será amparado pelos Henrys?
Será que a união eufórica entre PT e PSDB/DEM em Cáceres é apenas de um momento?

sábado, 3 de janeiro de 2009

Ilha das Flores

Reforma Ortográfica por Edmar Melo




Achei interessante a postagem feita por um leitor do Blog do Nassif(www.luisnassif.com.br)


NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA

Não se usa mais acento
No “pára”, verbo parar
Pois “para” preposição
Não vai mais lhe atrapalhar
Tudo agora virou “para”
Do jeito que a gente fala
Sem se diferenciar

As palavras terminadas
Em hiato, como “enjôo”
Não vão mais ter circunflexo
Não se acentua mais “vôo”
Agora voo atrasado
Não é mais acentuado
Nem que você sinta enjoo

Não tem mais acento agudo
Quando se escreve “feiúra”
Passaram quinhentos anos
Pra fazer essa frescura
E o português lusitano
Só descobriu este ano
Que esse mal não tem cura

O País ta precisando
É de reforma agrária
É de reforma política
De reforma tributária
Mexer na ortografia
Por causa da geografia
Não é coisa prioritária

Pensei cá com meus botões
A reforma é malandragem
Tem interesses ocultos
Alguém levando vantagem
Esse tira e põe acento
É um negócio nojento
Ta virando sacanagem.

Edmar Melo.

domingo, 28 de dezembro de 2008

AS ELEIÇÕES 2008 E EU

Nunca fui apático á vida política, sempre me cativou a política inclusive a militância partidária, isso não é novidade para quem me conhece, convive comigo, trabalha ou se já foi meu aluno.Considero uma forma de não ficar inerte aos grandes problemas do dia a dia.
Cheguei a Cáceres em 1994 e aqui encontrei um povo acolhedor, aguerrido e, sobretudo trabalhador, mas sempre achei que Cáceres nunca teve representação política á altura, que realmente represente a sociedade cacerense á altura e de acordo com as suas necessidades. Por isso mesmo, nunca me envolvi muito nas brigas pelo poder municipal. Aliás, sempre achei a política cacerense sem graça, sem sal. Tenho a imagem dos políticos de um lado e o povo de outro.
Mas nas eleições de deste ano de 2008 um novo horizonte descortinou se uma vez que, pela primeira vez o PT decidiu apoiar uma das candidaturas majoritárias fora do arco de aliança tradicional do partido. A batalha foi dura, o primeiro passo foi convencer o PT a apoiar Túlio Fontes. As discussões aconteceram, muitos debates interno no PT, por fim a decisão. O PT faria composição com partidos da base de alianças de Túlio Fontes.
Pessoalmente, acreditava que o PT deveria ir para as eleições de 2008 com o objetivo de ocupar uma cadeira na câmara de vereadores, pela primeira vez e o resultado é claro não poderia ser, o partido não só fez um mas dois, a companheira Lucia e o companheiro Alonso.
A estratégia do partido foi um espetáculo. Neste pleito todos os candidatos do partido tiveram mais de duzentos votos, números recordes para a legenda no município.
A expectativa é que a presença do PT na câmara estimule os debates, traga o povo para as sessões da câmara, isso afirmo não só pela qualidade dos vereadores Alonso e Lúcia, mas também pela história que o partido construiu ao longo destes anos em todas as cidades do Brasil.
Que a Câmara de vereadores funcione realmente como um fiscal do executivo, que pela primeira vez na história da cidade as obras federais sejam vistoriadas fiscalizadas de perto pelos vereadores. Recursos como FUNDEB, Merenda Escolar, Transporte Escolar e da Saúde sejam pauta de debates dentro do plenário. Enfim um câmara de vereadores atuante no bem comum, coletivo e não de uma minoria ou de um segmento da sociedade.
Porem não vamos nos iludir, os companheiros Alonso e Lucia irão deparar com pedintes de telhas, tijolos, empregos, passagens, marcação de consultas etc... infelizmente os vereadores que tivemos até agora acostumou a população com estas “esmolas”, afinal só assim conseguem comprar votos ao longo de quatro anos e ao final é só fazer uma visitinha ás famílias beneficiadas que os votos estarão garantidos. Acredito ser este o espinho maior que nossos dois vereadores irão enfrentar, pois será difícil convencer esta parcela da população de que cabe ao vereador cobrar do prefeito ações que gerem emprego, renda, saúde, educação.

sábado, 13 de dezembro de 2008

MARIPOSA TRAICIONEIRA - MANÁ



CLIC AQUI PARA OUVIR... ESPERE CARREGAR...
 mana - mariposa traicionera


Sou fâ deste grupo, esta musica em especial é a preferida.....


Eres como una mariposa
vuelas y te posas vas de boca en boca
facil y ligera de quien te provoca

Yo soy raton de tu ratonera
trampa que no mata pero no libera
vivo muriendo prisionero
Mariposa traicionera
todo se lo lleva el viento
Mariposa no regreso

Ay, mariposa de amor, mi mariposa de amor
Ya no regreso contigo
Ay, mariposa de amor, mi mariposa de amor
Nunca jamas junto a ti
vuela amor, vuela dolor
y no regreses a un lado
ya vete de flor en flor
seduciendo a los pitillos
y vuela cerca del sol
pa'que sientas lo que es dolor

Ay, mujer como haces daño
pasan los minutos cual si fueran años
mira estos celos me estan matando

Ay, mujer que facil eres
abres tu alitas, muslos de colores
donde se posan tus amores
Mariposa traicionera
todo se lo lleva el viento
mariposa no regreso

Ay, mariposa de amor, mi mariposa de amor
Ya no regreso contigo
Ay, mariposa de amor, mi mariposa de amor
Nunca jamas junto a ti
vuela amor, vuela dolor
que tengas suerte en tu vida
ay, ay, ay, ay, ay dolor
yo te llore todo un rio
ay, ay, ay, ay, ay amor
tu te me vas a volar

FOLIA DE SÃO BENEDITO.

CLICK E OUÇA A FOLIA DE SÃO BENEDITO


São relatos da infancia;
Memórias de um Brasil Rural;
Manifestações de fé;
Da fé simples, sem dogmas e sem versículos bíblicos;
Fé verdadeira;
Regada à cachaça, doces de todas as espécies e gostos ( quijadinha, de leite, de cida, de mamão, de talo de mamão.....)

Fé das crianças brincado no terreiro enquanto os adultos rezavam;
Fé das mulheres rezadeiras ( ao pé do altar) e dos homens negociantes de arroba de boi e de alqueires de terra ( afastados do altar, mas que estavam lá... rezando e com fé ( pelo menos garantiam isso!)

Fé que mistura Deus, com Pai Eterno, e São Benedito com o "Nosso Senhor".
Cresci assim..........

domingo, 7 de dezembro de 2008

EDUCAÇÃO no BRASIL: Saltos ou Assaltos?


Bem este texto foi extraido de um dos meus blogs favorito, o caviar com pingadinho, postei o mesmo aqui pois foi escrito por um educador o qual admiro muito, o Reinaldo Marquesi, bem depois eu resolvo com ele possivveis pendengas de direitos autorais.....


Educação no Brasil: Saltos ou Assaltos?


A Grandeza Política de uma Nação não se mede pelo tamanho de seus prédios, pelo tanto que se planta ou pelo lucro de sua indústria. Mas, no quanto e como valoriza a educação de seu povo.

Para além de prédios, plantas e máquinas, é preciso educação. Educação com prazer no ensinar e no aprender; com remuneração digna aos professores; com políticas assistenciais que garantam o ingresso e a permanência dos filhos da pobreza nas escolas e universidades desse país; com acesso à cultura, inserção no esporte e no eficiente trato com a saúde.

Como está a Educação: Crescendo ou em crise de crescimento?

A educação é sustentada por uma pequena fatia da soma de todas as riquezas produzidas no país, menos de 4% do PIB (Produto Interno Bruto). Como se isso fosse o bastante, dos 18% dos recursos recolhidos de impostos e contribuições que o Governo Federal deveria obrigatoriamente destinar à educação, criou-se uma medida pela qual autoriza o “governo” utilizar até 20% desse montante para, por exemplo, pagar juros de dívida - através da Desvinculação de Receitas da União, conhecida como DRU. Assim, fica desobrigado a realizar os investimentos definidos como obrigatórios pela Constituição. Nos últimos 12 anos, mais de R$ 70 bilhões de reais já deixaram de ser investidos na área da educação por conta do mecanismo da DRU - Análise da Universidade de São Paulo (USP) contida no estudo Custo Aluno-Qualidade, desenvolvida em 2007, pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Dos interessados

No Congresso Nacional e no Senado existe a pouco divulgada, “Bancada da Educação”, que a cada eleição se renova de políticos que obtiveram suas campanhas financiadas por alguns grandes empresários da educação, também chamados “tubarões da educação”. Nas últimas eleições, diversos desses favorecidos foram eleitos e hoje ocupam comissões parlamentares especificamente ligadas à educação. Porque será? Para lutarem por uma educação pública, gratuita e de qualidade? Ou para abrirem um mar de oportunidades a outros “carnívorazes” interessados?

Das conseqüências

Do péssimo investimento público na educação, ocasiona sua desenfreada mercantilização, sua metamorfose num produto altamente vendável. Assim, é crescente o número de estabelecimentos educacionais do setor privado a ocupar todos os nichos de mercado do território nacional, oferecendo “qualidade e segurança”, algo que em outras palavras, reafirmam aquilo que o estado deixa a desejar.

Dos contrapontos

Uma educação de qualidade não significaria a eliminação total dos larápios, picaretas e corruptos desse país, longe desse discurso salvacionista e libertador. Entretanto, ela há de conceder melhores perspectivas de vida ao indivíduo, que mesmo em meio à sua carência material não sujeitaria, por exemplo, trocar seu voto por concessão de cesta básica. Com educação de verdade, bem sabe quem governa economicamente que as eleições serão disputadas mais no campo do ideal, invés do material. Assim, muitos perderiam a posição comprada que atualmente ocupam.

Nas escolas: Quando há vagas: geralmente, falta qualidade e gera evasão. Quando há qualidade: faltam vagas, pois as melhores são disputadíssimas. Ao “pé da letra”, no ensino público ainda se nega quase tudo: acesso, permanência e qualidade.

Somente quando forem oferecidas melhores condições de vida, via educação, é que se evitará a superlotação do cárcere e das filas de espera dos corredores hospitalares, verdadeiros “depósitos de carne humana”. Se a prioridade desse país fosse investir na educação não necessitaríamos de tantas celas e leitos.

Investir na Educação é investir na saúde e segurança pública, pois reduz gastos!

As filas hospitalares estão cada vez maiores, prolongadas por desinformados, vítimas da política informativa instrucional falha do poder público, que poderia prevenir a maioria dos casos. Gastar com a saúde beneficia mais o povo ou as vendas da indústria farmacêutica? Esse é o morbinegócio (negócio das doenças) que rende fortunas a indústria dos remédios, que obtém os lucros mais acentuados naqueles países possuidores dos menores índices educacionais, logo com mais problemas de saúde pública.

A população carcerária é composta de sujeitos em sua maioria pouco ou nada escolarizados, desempregados. Entretanto, antes de condená-los culpados, antes de taxarmos alguém como bandido, seria interessante sabermos quem/como e o que fez/faz alguém tornar-se um bandido.

Brasil: concentração de terra, renda e oportunidades.

Latifúndios, muitas terras de poucos donos vêm desde sua invasão por Portugal. Dentre os países mais ricos, possuidor de uma das piores distribuições de renda do mundo.

A luta pelo acesso a terra, é a causa dos movimentos de reforma agrária e, a luta pela renda digna, é a causa dos trabalhadores organizados, já a luta pela educação de qualidade, parece ser a causa de poucos. No Brasil, além do latifúndio da renda e da terra, o que também deveria preocupar-nos é o latifúndio da educação, que concentra oportunidades.

Tal como o militante dramaturgo Bertolt Brecht disse, acerca daqueles gerados do “Analfabeto Político”, digo daqueles nascidos do “Sem-educação”: o “Sem-noção”, o “Sem-esperança”, o “Sem-oportunidade” e outros “Sens”. O “Sem-educação” é o sujeito resultado daquilo que lhe negaram: de uma educação que poderia ter ou de uma pseudo-educação oferecida.

Que país é esse?

A nação dos contrastes: entre as maiores economias mundiais e os menores índices de escolaridade do mundo. Recente estudo da Fundação Getúlio Vargas revelou que a diferença no número de anos de escolaridade explica 35% das desigualdades sociais brasileiras. De acordo com o Pisa (Programa para Avaliação Internacional de Estudantes), dos paises avaliados, ele está nos últimos lugares em leitura, matemática e ciências.

Então, o salto do Brasil virá somente através da Educação?

Definitivamente: Não!

Contudo, não basta vislumbrarmos um salto estando em meio a assaltos, se na ação: a manipulação, diminuição ou negação de recursos públicos à educação pública, são políticas mal intencionadas a nação.

Assim, de mãos armadas, esse é o latrocínio político, em roubar as oportunidades do cidadão tornando-o “morto”, em vida.

Escrito por um grande amigo!
Reinaldo S. Marchesi, é graduando em pedagogia e agronomia UNEMAT/ Cáceres (reinaldomarchesi@yahoo.com.br).

Do site do Zé Dirceu: Fidel abre portas de Cuba ao diálogo com os EUA





O ex-presidente e líder cubano Fidel Castro saiu na frente e 44 dias antes da posse (20 de janeiro) do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tomou a iniciativa de abrir as portas de Havana ao diálogo com o governo norte-americano em relação à suspensão do bloqueio econômico com que Washington sufoca Cuba há 48 anos.

Em seu mais recente artigo assinado no Granma, Fidel considera que Obama é um líder com quem o governo de Cuba, hoje chefiado pelo presidente Raúl Castro, pode conversar "em qualquer lugar" que o norte-americano escolher.

Ele lembra sua condição, e de Cuba, de "não pregadores da violência e da guerra" e só adverte a Obama que se lembre de que "a diplomacia da cenoura e do porrete (afagar ou castigar)" não funcionará nos entendimentos com o governo de seu país.

Há uma semana Raúl já antecipou à revista The Nation estar disposto a encontrar-se com O presidente Obama em território neutro. Sua disposição casa-se com a do futuro secretário de Comércio de Obama, Bill Richardson, para quem os EUA têm de "mudar a política em relação à Cuba porque o embargo (bloqueio econômico) não faz sentido".

MEU COMENTÁRIO..................................................................
A posição do governo Cubano e Estadunidense já deu no que tinha que dar.
Ainda que EUA queira, Cuba jamais terá uma postura serviente aos seus desejos imperialistas, terá sim que ser tratada de forma diferenciada pelos dirigentes da Casa Branca.
O governo cubano sabe que excluir hoje em dia os EUA de suas pretensões não leva a nada. Acredito que os questionamentos ficam no sentido de perguntar o que Cuba tem a oferecer? O que o povo Cubano pode vir a ganhar numa eventual relação mais aberta com os EUA?
Com certeza teremos um incremento no turismo, que aliás, é um dos setores que, mesmo em tempos de embargo vem dando oxigênio á economia da Ilha. Talvez outro ponto importante seriam parcerias no setor de saúde.
Outro ponto que chama a atenção é o fato de que os estudantes cubanos tem o melhor desempenho das Américas em avaliações internacionais, isso pesa na hora em que se pensa em uma mão de obra qualificada, que talvez interesse muito aos EUA, cultivar uma mão de obra fora de seu território ao invés de ter que se precaver contra os inúmeros imigrantes ilegais, desta forma terá mão de obra a seu serviço, mas não dentro de seu território.
Milita a favor deste cenário, temos o aceno do presidente eleito dos EUA, Barack Obama e do Governo de Raul Castro, que parecem, por enquanto estarem disponstos a dialogar, o que já é um avanço significativo nas relações entre estes dois paises.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Porque quero Gimar Mendes fora do STF

Concedeu HC a Daniel Dantas.
Afrontou e desmoralizou o Juiz De SAnctis;
Atacou de morte as operações da Policia Federal, aliás as unicas que surtem efeitos na luta contra o crime atualmente.
MENTIU!!!!!, para se aparecer inventou a história dos grampos e vazou a informação para a VEJA.
Ja votei, Fora Gilmar Mendes do STF

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Somos Brasileiros



Acompanhando os últimos acontecimentos, no tocante ao desastre natural em Santa Catarina, lembrei me de algumas história de minha infância. Fazia a quinta série na Escola Ministro João Alberto em meados dos anos 80 numa cidade do interior de Mato Grosso, Nova Xavantina e como todo adolescente, fiquei encantado, pois pela primeira vez tinha mais de um professor em sala de aula e algumas matérias novas como Historia e Geografia.
Entrou na sala o professor de Geografia e pediu que todos se apresentassem, percebi muitos colegas de outras regiões do Brasil, mas a maioria era do Sul. E eu, mato-grossense descendente de mineiros e de goianos ali. Mas me chamou atenção os comentários “maldosos” feitos por aquele ( que se dizia professor), depreciando e menosprezando mato-grossenses e outros alunos com procedência de outros estados, principalmente do nordeste. A geografia da quinta série naquela época pouco abordava questões sociais, mas lembro que os esculachos do professor aos não sulistas da sala eram freqüentes.Uma das coisas que ele sempre afirmava era que - “O Sul deveria separar se Brasil”, “ no nordeste as pessoas não gostam de trabalhar”, “ a região mais pobre do Brasil é o nordeste”, “mato grosso deveria agradecer sempre a presença de colonos sulistas” etc. etc. .....bem, ao longo daquele ano muitas humilhações senti, mas graças a Deus aquele professor passou...
Hoje, em pleno ano de 2008 uma tragédia, atinge uma Unidade da Federação, principalmente em uma localidade, o Vale do Itajaí, que se vangloria do status de ser berço de imigrantes europeus, mas o que vi foi um povo, igual a tantos de norte a sul, um povo sofrido, brasileiro que traz uma mensagem em meio áquele desespero, recomeçar.
Este recomeçar é que move a mais de três séculos o sertanejo nordestino,.Recomeçar a vida em “São Paulo”, recomeçar a vida após longas secas e prolongadas migrações.
Por outro vi caminhões com doações sendo organizados por empresários do Brasil inteiro, inclusive do nordeste.
Fica claro que a tragédia nos deixou uma lição, somos sim brasileiros e de norte a sul temos um sentimento que nos une. O sentimento de pertencer a uma Nação chamada Brasil.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Terrorista Dilma Roussef- Do Blog do Julio Meira

Este texto foi extraído da Pagina do Historiador Julio Meira, posto aqui porque concordo integralmente com a reflexão que ele faz acerca principalmente do Ministro Gilmar Mendes. O texto encontra se no http://blogln.ning.com/profile/JulioMeira.


A propósito da controversa troca de mensagens construtivas entre Gilmar Mendes e Dilma Roussef, sobre a imprescritibilidade do crime de Tortura (dito pela ministra) e de terrorismo (farpa leviana de Gilmar Mendes, à qual a ministra absteve-se de resposta), proponho algumas reflexões (já expostas no fórum do Judiciário).
1- Gilmar Mendes coloca-se sempre em posições no mínimo controversas, geralmente na defesa de uma Constituição pétrea, numa "doutrina" imutável, com conotações quase religiosas, quando se sabe que as leis geralmente respondem a necessidades sociais, e como tais podem ser sujeitas a revisões e alterações, por mudança nas condições que as objetivaram ou por conflagrações sociais, como revoluções ou golpes políticos. Na verdade, comentaristas aqui na Comunidade e no Blog do LN já demonstraram que GM na verdade concorda com isso, pelo menos quando lhe interessa.
2- O monopólio da violência pertence ao Estado por "contrato social", cabendo a este inibir ou reprimir qualquer manifestação - terrorismo seria uma delas - que pusesse em perigo ou contrato. Mas a isso, devemos apor duas considerações: 1°) O Estado a que nos referimos é o Estado de direito como fruto do exercício da Democracia, que lhe confere legitimidade. 2°) Em épocas de exceção, em que Estados sem legitimidade a não ser a prática da violência sistemática e de totalidade, a própria atmosfera de ilegitimidade termina por fazer com que o Estado perca o monopólio da violência, sendo esta alçada À condição de ferramenta legítima das oposições, contra o próprio Estado e seus apoiadores, em condições desiguais, é óbvio.
Assim, quando o Estado cria uma atmosfera de suspeição generalizada, sendo ele próprio causador do flagelo social, abdica da posição de árbitro e defensor dos que se consideravam injustiçados.
Como essa reflexão se insere no tema proposto?
O momento referido pelos ministros - da Casa Civil e do STF - representa, na história do Brasil, um regime de exceção, consubstanciado pelo golpe de 64, portanto o próprio aparato do Estado foi tomado à força, com apoio de minorias civis, o que descarta a legitimidade do mesmo, que 'construiu' ou moldou as instituições que lhe deram suporte, não a legitimidade, como a Constituição de 1967, os AIs, principalmente o AI-3, que dava ao Estado a possibilidade de perseguir opositores, o AI-5, aprofundando a ditadura, conferindo ao Estado o poder de fechar o congresso, prender sem acusação e sem direito a advogado, acabando com a possibilidade de manifestações opositoras com a legislação sobre greves e formação de quadrilha, além, é claro, do decreto-lei de 1969 (200/69), que reconfigurava a administração federal, alçando o Gabinete de Segurança Nacional à condição superior em relação aos ministérios.
Era, portanto, um momento histórico em que a legitimidade do Estado inexistia, configurando-se em ambiente em que as oposições, por mais equivocadas que estivessem, lançaram mão das alternativas que dispunham, contra o próprio estado e contra aqueles que supostamente o apoiavam, sejam as forças produtivas, intelectuais e sociais, com a ressalva de que o Estado, além de representar um poder desigual em relação aos opositores, lançou mão de ações ainda mais drásticas, em nome da segurança nacional, quando, na prática, era em nome da sobrevivência de seu próprio aparato de violência, com a tortura, e, porque, não, também de atos terroristas, com o do Rio-centro, que não aconteceu por causa de sua própria incompetência.
Talvez o ministro Gilmar Mendes devesse conhecer um pouquinho a história de seu país, antes de evocar a si próprio a condição de árbitro do passado.
Aliás, o que estava fazendo esmo o digníssimo magistrado enquanto Dilma, Lacerda e outros combatiam a ditadura?

domingo, 21 de setembro de 2008

Como la Cigarra _ Mercedes Sosa

Tantas vezes me mataram
Tantas vezes morri
Entretanto estou aqui
Ressuscitando
Graças dou à desgraça
E à mão com punhal
Porque me matou tão mal
E segui cantando

Cantando ao sol
Como a cigarra
Depois de um ano
Debaixo da terra
Igual sobrevivente
Que volta da guerra

Tantas vezes me apagaram
Tantas desapareci
A meu próprio enterro fui
Sozinho e chorando
Fiz um nó do lenço,
Mas esqueci depois
Que não era a única vez
E segui cantando

Cantando ao sol
Como a cigarra
Depois de um ano
Debaixo da terra
Igual sobrevivente
Que volta da guerra

Tantas vezes te mataram
Tantas ressuscitará
Quantas noites passará
Desesperando
E à hora do naufrágio
E à da escuridão
Alguém te resgatará
Para ir cantando

Cantando ao sol
Como a cigarra
Depois de um ano
Debaixo da terra
Igual sobrevivente
Que volta da guerra
 Mercedes Sosa - Como la Cigarra
">

domingo, 3 de agosto de 2008

Saudades de Uma Igreja Militante


Uma Igreja Militante, assim definia meu pároco no final do anos 80, numa cidade do interior de Mato Grosso, Nova Xavantina. Uma região de conflitos com a chegada de imigrantes sulistas, brigas pela posse da terra, envolvendo índios, garimpeiros, colonos, posseiros e tantos outros. Esta foi a Igreja Católica que conheci. Havia uma tomada de posição.
O trabalho faz uma abordagem interessante quando expressa o alargamento do horizonte do sagrado na teologia da Libertação. Vemos almas ou pessoas pelas ruas e campos? costumava provocar Dom Pedro Cazaldáliga. Assim justificava a atuação da Igreja na política, lutar por uma vida digna não após a morte mas em vida ás pessoas, antes de salvar almas deveria salvar pessoas.
Acredito que este movimento tão singular da Igreja Católica perdeu o rumo. A começar por seus antigos lideres o que se tornaram? Não que eu esteja sendo moralista mas por tratar se de uma corrente dentro de uma Instituição Milenar como a Igreja Católica, a postura moral de expoentes deveria ser preservada, uma vez que os seguidores e militantes desta corrente eram e são pessoas oriundas de camadas que prezam muito valores principalmente familiares, a honra etc...na verdade são todos ex. Ex padres, ex freiras, ex freis e por ai vai...dando margem ao linchamento publico como os rótulos de padres comunistas, baderneiros, apoiadores de Sem Terra, sem Teto... exemplo recente cito o Padre Julio Lancelotti ...
As CEBs ( comunidades Eclesiais de Base) foram bem descritas como sendo os espaços de discussões políticas. Lembro que reuníamos algumas pessoas, lia se um texto do evangelho ou de qualquer passagem das sagradas escrituras e depois cada um comentava o que tinha entendido. Sempre fazendo uma conexão com a realidade local. Várias vezes dali saia um abaixo assinado, a organização de uma manifestação. Teve até uma edição da Bíblia no começo dos anos 90 que dava uma conotação mais social e critica aos textos sagrados, era a chamada Edição Pastoral.
Nessas reuniões abordava se de tudo. Falava de meio ambiente, política, sexualidade, religiosidade. Este caráter de intimidade, numero reduzido de participantes, cânticos geralmente com ritmos e temáticas africanas, latinas.... parece ter desestimulado os jovens afinal estamos na era da concentrações como fazem os pastores RR Soares, Edir Macedo e até os Carismáticos. Musica eletrônica e ritmos da hora.
As CEBs dizem que ainda existem, mas me permitam sua influencia é bem reduzida quantitativamente e qualitativamente.
Nos Católicos no Brasil temos por obrigação travar um debate decente e coerente. Não abandono minha fé. Mas uma Igreja Católica mais atuante é necessário. Temos este direito e o dever de dar respostas á sociedade brasileira.

domingo, 20 de julho de 2008

Carta de uma Professora ao Ministro da Educação

São Paulo, 16 de julho de 2008 Prezado Sr. Fernando HaddadMinistro da Educação do Brasil Sou professora da rede estadual de ensino, no Estado de São Paulo. Estou há três décadas no trabalho do ensino. Nunca pedi licença médica e tenho pouquíssimas faltas. Fui casada e tenho um filho, que criei sem pedir pensão para meu marido que, por razões que não vem ao caso, não podia arcar com tal despesa.Senhor Ministro, eu poderia tratá-lo de “você”, pois é bem mais novo que eu, é menino ainda. Mas, dado estar em um cargo do governo, vou usar o “Sr.”, mas isso não implica em um tratamento para “colocar distância”, como os antigos faziam em jornal do interior.Assisti ao programa do Jô Soares, quando de sua entrevista. Vi que uma moça fez uma pergunta ao senhor, sobre filosofia e sociologia no ensino médio. Ela queria saber o que o senhor faria para preparar melhor esses professores. O senhor repetiu as informações que o Jô já havia passado e que está nos jornais, a respeito da lei que colocou a filosofia e a sociologia no currículo da escola média. O senhor não tinha nenhuma proposta para dizer, e não respondeu a pergunta da moça. Fiquei bem decepcionada.O senhor também disse que falta dinheiro para a educação. Como outros que passaram pelo seu cargo, o senhor tratou logo de culpar o passado pela falta de dinheiro. Ou seja, o governo do Presidente Lula não teria responsabilidade sobre o assunto, mesmo já estando em segundo mandato. Os responsáveis seriam os antecessores. Vi sua resposta como uma fuga.Esperava mais, mas nada apareceu na entrevista de novo além do fato de que o senhor tem tempo para fazer aulas de lutas marciais três vezes por semana. E no meio dessa informação, vi também que o senhor se vangloriou por ter conseguido aprovar o piso salarial para os professores – 950 reais para 2009. Nesse caso, penso que a questão das lutas marciais vem a calhar. Por favor, preste atenção.A compra de supermercado que faço para minha casa, para duas pessoas, fica em 200 reais mensais. O aluguel de nosso pequeno apartamento, de apenas dois minúsculos quartos, é de 400 reais. Gasto 150 reais de transporte coletivo no mês. A Internet que temos – como necessidade de trabalho – dá um gasto de 70 reais, e a velocidade é a mais baixa do Speed. Compro livros e, em geral, gasto nisso algo em torno de 50 reais no mês. Tento economizar nisso, mas é impossível na função de professora não comprar livros. Mantenho-me atualizada em cinema, para poder conversar com os jovens para quem dou aulas, e isso leva do meu orçamento mais 40 reais no mês. Meu filho não tem ainda 18 anos, mas trabalha e ajuda em casa, e graças a isso quase conseguimos fechar o mês. Não posso contar com todo o dinheiro dele, pois ele paga escola e condução. Ele dá duro em uma firma de fotocópias, e chega esgotado para ir para a escola. Também chego tarde doserviço, pouco nos vemos. Não é uma vida fácil. Quando ficamos doentes, nosso orçamento estoura – a farmácia é um local que não podemos entrar sem sair de lá com no mínimo uns 50 reais gastos – isso é batata. Felizmente, gozamos de boa saúde.Bem como o senhor pode ver, a soma de meus reduzidíssimos e espartanos gastos é maior do que os 950 reais do piso salarial em determinados meses, e noutros, empata. Até meados de 2009, eu estarei gastando mensalmente mais do que os 950 reais. Mas há algo ainda mais triste. Li que os 950 reais nem são para 2009, na realidade. Pois deverão ser alcançados “gradativamente”, num prazo maior, que poderá chegar até a mais que 2010. Isso é tudo? Não! Há algo mais perverso nessa conversa: as estatísticas governamentais (e só elas) dizem que a maioria dos professores ganha mais do que o piso, e que por isso o senhor está “rindo à toa” ao aprovar o piso, pois considera “muito bom” para os professores. Senhor Ministro, há erro nisso. Os professores vão ganhar por 40 horas os 950 reais, e isso não pode ser comemorado, pois a profissão continua sendo desprestigiada com tal salário. Pois em vez do senhor ficar preocupado em comparar o nosso salário com o de outras profissões com igual anos de estudo, o senhor faz comparações regionais que não levam em conta também os gastos de cada um em cada região. Não é verdade que quem está em uma região mais pobre e ganhamenos tem um custo de vida menor do que quem está em São Paulo. Cada local tem especificidades, e no geral, a verdade é que com esse piso a profissão de professor não melhora em nada, pois continua sendo uma profissão que, se a abraçamos inteiramente, não nos dá sustento.Ora, mas se a profissão de professor é para ser “um bico”, como podemos ter outro trabalho se a jornada por 950 reais é de 40 horas? Não posso vir trabalhar em três períodos, pois o “terceiro turno” eu tenho de fazer no serviço de casa, além de ter de corrigir provas, preparar aulas, estudar, cuidar do meu filho etc. Além disso, a comparação do senhor está errada, por outra razão: quando eu era uma estudante de colégio, meus professores viviam com um salário proporcionalmente maior do que o que tenho hoje, e tinham melhores condições de trabalho. Estudei mais que eles, para ganhar menos. O senhor é mocinho, e tudo indica que veio de família rica. Não sei se entende o que é o Brasil e o que foi o Brasil.Bem, chego então na questão das lutas marciais. Vi que o senhor tem uma barriga. Ainda moço, mas já tem uma barriga. As aulas de luta marcial que faz não estão ajudando, não é? Os ricos sempre comem mais do que podem tirar com a ginástica. Então, minha sugestão, com o devido respeito, é a seguinte: tente fazer a minha vida por apenas um mês, pegando ônibus e enfrentando classes de adolescentes, lecionando seriamente. Volte para a casa e faça a janta. Limpe a casa uma vez na semana. Em um mês, eu garanto, verá que as aulas de luta marcial são ineficientes para tirar a barriga, e que o que eu faço, sim, dará ao senhor um corpo sem malhado. Não sei se dá saúde, mas cansaço físico e mental insuportável, isso dá.Não estou reclamando, minha carta é apenas para mostrar que e o que eu faço talvez até dê mais saúde do que outras profissões. E o senhor poderia participar desse programa, nem que fosse por um pequeno período experimental. É sério, sem demagogia, o senhor deveria experimentar, por um mês, tentar viver com 950 reais dando aula aqui no Estado de São Paulo. Aula no Ensino Médio, em escola pública. Tenho certeza que após tal experiência, o senhor iria se tornar um Ministro da Educação melhor. Agradeço demais por ter lido minha cartinha.Sua admiradora, Ana Luísa Costa Matos, professora de filosofia da Rede Estadual de São Paulo

sexta-feira, 30 de maio de 2008

ENCONTRO NACIONAL PREPARATÓRIO Á VI CONFINTEA

Acontece em Brasilia, desde o dia 28 de maio o Encontro Nacional Preparatório á VI CONFINTEA - Conferencia internacional para a Educação de Jovens e Adultos, estou participando do evento como delegado eleito e representante do Movimento Sindical. O encontro está sendo realizado pelo MEC-SECAD, UNESCO e os Foruns de EJA de todos os entes da federação.

No portal do Forum EJA temos uma contextualização dos CONFINTEAs realizados pela UNESCO até hoje:
I 1949 Elsinore, Dinamarca logo depois da segunda guerra e da criação da UNESCO – reconciliação e paz.
II 1960 Montreal, Canadá o mundo, já recuperando dos maleficios da da segunda guerra passa por um rápido crescimento econômico. O papel do Estado na Educação de Adultos é de uma interferencia remedial, reparadora, para atender os ansios do mercado por mão de obra qualificada principalmente na industria.
III 1972 Tóquio, Japão rápido crescimento econômico, pós independência para muitos países, especialmente da África a prioridade pasa a ser a Educação de Adultos e a alfabetização; merece ainda destaque a influencia de Paulo Freire e Roby Kidd que vem a fundar o ICAE (Conselho Internacional de educação de Adultos). A presença de Cuba é um marco importante pois a partir daí a conferência passa a ter um caráter progressista.
IV 1985 Paris, França crise econômica, contenção nos orçamentos públicos. EDA e Aprendizagem ao Longo da Vida, Declar ação sobre o direito a aprender, Papel de estados e ONGs, O direito do adulto aprender, Novas tecnologias da informação. mais que 100 estados membros + ONGs. apoio dos governos da China, Canadá, países Nórdicos, Índia, Liga Árabe para a adoção da Declaração/aliança entre ONGs e governos progressistas).
V 1997 Hamburgo, Alemanha Conferências Internacionais da década de 90. Aprendizagem de Adultos como direito, ferramenta,prazer e responsabilidade compartilhada; Aprendizagem de adultos e participação ativa em todas as dimensões do desenvolvimento sustentável com eqüidade; Papel da Alfabetização: equidade e reconhecimento das diferenças.
+ 6 2003 Bancoc, Tailândia as conferências pós 5 e pós 10 anos, Fórum Social Mundial em 2002 e 2003. chamada de responsabilização para os estados membros implementarem a Agenda de Hamburgo + chamada para CONFINTEA VI em 2009. ONGs.
VI 2009 Brasil pós Conferências e décadas e MDGs (Metas da década do milênio) Fóruns Mundiais Sociais (2003 – 2007), Assembléia Mundial do ICAE em 2007. elos perdidos das MDGs – ferramenta imprescindível para o desenvolvimento. Monitoramento necessário para garantir ação e implementação. Estados membros e ONGs.






DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - 1948

  A  Declaração Universal dos Direitos Humanos  ( DUDH ) é um documento base não jurídico que delineia a proteção universal dos  direitos hu...