quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Novos Comportamentos I

Tenho por hábito observar o meu entorno. Não só no aspecto físico/espacial mas também nas nuances imateriais que caracterizam um determinado espaço ou situações fáticas.
O sentar em uma mesa, tomar uma cerveja gelada é sem sobra de duvida oportunidade ímpar para entender a sociedade em que vivemos, principalmente os novos comportamentos, na maioria da vezes protagonizados pelos jovens. Digo pelo jovens porque vejo muitos marmanjos tendo atitudes e posicionamentos juvenis, neste caso minha analise não é outra a não ser caracterizar como ridículo, lembrando de uma das frases da musica sertaneja raiz- “a coisa que eu mais detesto é ver homem barbado fazendo gracinha”...
É inegável o espírito inovador apresentado pela juventude, só um míope poderia desconhecer ou mesmo desconsiderar a contribuição que a juventude, principalmente na história recente do Brasil, vem dando. Parafraseando alguém eu diria que a “juventude acerta até quando erra”, suas posições são objetos de analises ao longo das décadas, basta ver a quantidade de publicações referente ao episodio do impeachement de Collor, só para citar um exemplo recente.
As novas realidades atingem em cheio a juventude. Os Ipods, MPs de 3 a 10, os telefones celulares, as câmeras digitais, etc.... mas toda esta parafernália tecnológica leva a mudanças de comportamentos.O individualismo. Este parece ser a palavra chave deste século. As relações humanas tornaram se individualistas, numa clara contradição, pois se há relação como poderá existir individualismo?As relações pressupõe partilha, certo? Mas as estar com os amigos em uma praça publica, na ótica dos mais novos de hoje é estar com os amigos, bater um papo, mas não abrir mão de consultas intermináveis no celular, fones de ouvidos, ou abrir o porta mala do carro é colocar a musica que deseja o pequeno grupo da mesa, na altura que acham ser o ideal. Os outros freqüentadores se quiserem, tem que se contentar com aquele som.
Perde se a noção do coletivo, do respeito ao direito dos outros. Distorceu se a concepção do que vem a ser publico. Não culpo a juventude pois os maus exemplos vem de cima, principalmente pela classe política que não consegue distinguir o que é publico com o privado, usam e abusam dos recursos do povo ara satisfazer sanhas pessoais.
È urgente uma discussão ética e estética do uso dos espaços públicos, e com certeza vão me dizer que cabe aos educadores, porem acredito que os primeiros educadores são a família, lá sim deve iniciar esta mudança com a qual todos tem a ganhar.......