domingo, 20 de janeiro de 2008

Está aqui uma participação minha no Blog do Nassif
A lavoura-pecuária
Por ocasião da Bienal do Agronegócios em Cuiabá, em junho, escrevi alguns posts falando a revolução que está ocorrendo no campo, com a integração entre lavoura e pecuária.
No caderno "DInheiro", da "Folha", o ex-Ministro Robertgo Rodrigues traz boas informações sobre o tema.
Clique aqui
Por Tobias Ferraz
Caro Nassif,
que bom chegar uma postagem com olhar para o campo.
A integração lavora-pecuária é um salto tão importante quanto a adoção do plantio direto na palha. Aqui no Triângulo Mineiro a integração, aliada ao trabalho da Bolsa de Arrendamento de Terras fez saltar a produtividade de soja e milho. O ex-ministro Roberto Rodrigues, é um sãopaolino de trazer orgulho prá torcida tricolor porém, e bota porém nisso.......o que tem de área com pastagens degradadas em nosso país não está escrito, principalmente no Brasil central. Volto à questão da necessidade de ser retomata a idéia do extensionismo rural. O Brasil tem técnicos de notoriedade internacional, seja em agricultura como na pecuária.
A nossa Embrapa está para os brasileiros o que para os norte americanos representa a NASA, ou seja, pesquisa e geração de tecnologia das mais avançadas. Por isso, volto também ao tema do planejamento para o campo, é tudo tão difícil, tudo tão ao sabor de São Pedro e ao tal "humor" dos mercados. Por um extensionismo dinâmico e que chegue ao pequeno e médio produtor. Gente e estrutura tem, agora precisa direcionar dinheiro para o setor.
Abração Triângulino.///
P.S.- Nassif, amanhã, em Uberaba, tem o almoço do Terno de Folia do bairro Olhos D'Água. O convite está feito.///

Por Orlandir Cavalcante
A conjugação pecuária e agricultura foi uma alternativa interessante que fez o Sul do pais a produzir as supersafras no periodo de 99 a 2002 principalmente o NO do RS, apesar de que técnica já era praticada a mais de dez anos na região.
Hoje o que vemos? um rápido processo de desertificação já identificado em pelo menos 4 municipios desta região do RS, e uma das hipótese ( fenomeno muito recente!!!) é a excessiva compactação que o gado promove, fazendo emergir camadas ferruginosas e uma menor absorção da água no solo, aumentando a aridez deste e o risco de voçorocas, erosões e assoreamento de rios.
O que me preocupa é que se isso ocorreu em uma região com chuvas mais regulares ao longo do ano, como é a parte meridional do Brasil, o que não poderá ocorrer no meu querido Brasil Central, com uma tropicalidade acentuada, marcada por longo periodo de estiagem!!!
Assim, quando se fala na relação delicada Capital-Homem-Natureza, toda cautela é pouco...
enviada por Luis Nassif

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A linguagem do preconceito



Muito bom este texto do Professor Bernardo Kucinski,


"Um dia encontrei Lula, ainda no Instituto Cidadania, em São Paulo, empolgado com um livro de Câmara Cascudo sobre os hábitos alimentares dos nordestinos. Lula saboreava cada prato mencionado, cada fruta, cada ingrediente. Lembrei-me desse episódio ao ler a coluna recente do João Ubaldo Ribeiro, “De caju em caju”, em que ele goza o presidente por falar do caju, “sem conhecer bem o caju”. Dias antes, Lula havia feito um elogio apaixonado ao caju, no lançamento do Projeto Caju, que procura valorizar o uso da fruta na dieta do brasileiro.
“É uma pena que o presidente Lula não seja nordestino, portanto não conheça bem a farta presença sociocultural do caju naquela remota região do país...”, escreveu João Ubaldo. Alegou que Lula não era nordestino porque tinha vindo ainda pequeno para São Paulo. E em seguida esparramou citações sobre o caju, para mostrar sua própria erudição. Estou falando de João Ubaldo porque, além de escritor notável, ele já foi um grande jornalista.
Outro jornalista ilustre, o querido Mino Carta, escreveu que Lula “confunde” parlamentarismo com presidencialismo. “Seria bom”, disse Mino, “que alguém se dispusesse a explicar ao nosso presidente que no parlamentarismo o partido vencedor das eleições assume a chefia do governo por meio de seu líder...” Essa do Mino me fez lembrar outra ocasião, no Instituto Cidadania, em que Lula defendeu o parlamentarismo.
Parlamentarista convicto, Lula diz que partidos são os instrumentos principais de ação política numa democracia. Pelo mesmo motivo Lula é a favor da lista partidária única e da tese de que o mandato pertence ao partido. Em outubro de 2001, o Instituto Cidadania iniciou uma série de seminários para o Projeto Reforma Política, aos quais Lula fazia questão de assistir do começo ao fim. Desses seminários resultou um livro de 18 ensaios, Reforma Política e Cidadania, organizado por Maria Victória Benevides e Fábio Kerche, prefaciado por Lula e editado pela Fundação Perseu Abramo.
Clichês e malandragem Se pessoas com a formação de um Mino Carta ou João Ubaldo sucumbiram à linguagem do preconceito, temos mais é que perdoar as dezenas de jornalistas de menos prestígio que também dizem o tempo todo que “Lula não sabe nada disso, nada daquilo”. Acabou virando o que em teoria do jornalismo chamamos de “clichê”. É muito mais fácil escrever usando um clichê porque ele sintetiza idéias com as quais o leitor já está familiarizado, de tanto que foi repetido. O clichê estabelece de imediato uma identidade entre o que o jornalista quer dizer e o desejo do leitor de compreender. Por isso, o clichê do preconceito “Lula não entende” realimenta o próprio preconceito.
Alguns jornalistas sabem que Lula não é nem um pouco ignorante, mas propagam essa tese por malandragem política. Nesse caso, pode-se dizer que é uma postura contrária à ética jornalística, mas não que seja preconceituosa. Aproveitam qualquer exclamação ou uso de linguagem figurada de Lula para dizer que ele é ignorante. “Por que Lula não se informa antes de falar?”, escreveu Ricardo Noblat em seu blog, quando Lula disse que o caso da menina presa junto com homens no Pará “parecia coisa de ficção”. Quando Lula disse, até com originalidade, que ainda faltava à política externa brasileira achar “o ponto G”, William Waack escreveu: “Ficou claro que o presidente brasileiro não sabe o que é o ponto G”.
Outra expressão preconceituosa que pegou é “Lula confunde”. A tal ponto que jornalistas passam a usar essa expressão para fazer seus próprios jogos de palavras. “Lula confunde agitação com trabalho”, escreveu Lucia Hippolito. Empregam o “confunde” para desqualificar uma posição programática do presidente com a qual não concordam. “O presidente confunde choque de gestão com aumento de contratações”, diz o consultor José Pastore, fonte habitual da imprensa conservadora.
Confunde coisa alguma. Os neoliberais querem reduzir o tamanho do Estado, o presidente quer aumentar. Quer contratar mais médicos, professores, biólogos para o Ibama. É uma divergência programática. Carlos Alberto Sardenberg diz que Lula “confundiu” a Vale com uma estatal. “Trata-a como se fosse a Petrobras, empresa que segundo o presidente não pode pensar só em lucro, mas em, digamos, ajudar o Brasil.” Esse caso é curioso porque no parágrafo seguinte o próprio Sardenberg pode ser acusado de confundir as coisas, ao reclamar de a Petrobras contratar a construção de petroleiros no país, apesar de custar mais. Aqui, também, Lula não fez confusão: o presidente acha que tanto a Vale quanto a Petrobras têm de atender interesses nacionais; Sardenberg acha que ambas devem pensar primeiro na remuneração dos acionistas.
Filosofia da ignorânciaA linguagem do preconceito contra Lula sofisticou-se a tal ponto que adquiriu novas dimensões, entre elas a de que Lula teria até problemas de aprendizagem ou de compreensão da realidade. Ora, justamente por ter tido pouca educação formal, Lula só chegou aonde chegou por captar rapidamente novos conhecimentos, além de ter memória de elefante e intuição. Mas, na linguagem do preconceito, “Lula já não consegue mais encadear frases com alguma conseqüência lógica”, como escreveu Paulo Ghiraldelli, apresentado como filósofo na página de comentários importantes do Estadão. Ou, como escreveu Rolf Kunz, jornalista especializado em economia e também professor de filosofia: “Lula não se conforma com o fato de, mesmo sendo presidente, não entender o que ocorre à sua volta”.
Como nasceu a linguagem do preconceito? As investidas vêm de longe. Mas o predomínio dessa linguagem na crônica política só se deu depois de Lula ter sido eleito presidente, e a partir de falas de políticos do PSDB e dos que hoje se autodenominam Democratas. “O presidente Lula não sabe o que é pacto federativo”, disse Serra, no ano passado. E continuam a falar: “O presidente Lula não sabe distinguir a ordem das prioridades”, escreveu Gilberto de Mello. “O presidente Lula em cinco anos não aprendeu lições básicas de gestão”, escreveu Everardo Maciel na Gazeta Mercantil.
A tese de que Lula “confunde” presidencialismo com parlamentarismo foi enunciada primeiro por Rodrigo Maia, logo depois por César Maia, e só então repetida pelos jornalistas. Um deles, Daniel Piza, dias depois dessas falas, escreveu que “só mesmo Lula, que não sabe a diferença entre presidencialismo e parlamentarismo, pode achar que um governante ter a aprovação da maioria é o mesmo que ser uma democracia no seu sentido exato”.
Preconceito é juízo de valor que se faz sem conhecer os fatos. Em geral é fruto de uma generalização ou de um senso comum rebaixado. O preconceito contra Lula tem pelo menos duas raízes: a visão de classe, de que todo operário é ignorante, e a supervalorização do saber erudito, em detrimento de outras formas de saber, tais como o saber popular ou o que advém da experiência ou do exercício da liderança. Também não se aceita a possibilidade de as pessoas transitarem por formas diferentes de saber.
A isso tudo se soma o outro preconceito, o de que Lula não trabalha. Todo jornalista que cobre o Palácio do Planalto sabe que é mentira, que Lula trabalha de 12 a 14 horas por dia, mas ele é descrito com freqüência por jornalistas como uma pessoa indolente.
Não atino com o sentido dessa mentira, exceto se o objetivo é difamar uma liderança operária, o que é, convenhamos, uma explicação pobre. Talvez as elites, e com elas os jornalistas, não consigam aceitar que o presidente, ao estudar um problema com seus ministros, esteja trabalhando, já que ele é “incapaz de entender” o tal problema. Ou achem que, ao representar o Estado ou o país, esteja apenas passeando. Afinal, onde já se viu um operário, além do mais ignorante, representar um país? "

Fontes: João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 2/9/2007. Blog do Mino Carta, 16/11/2007. Blog do William Waack, 2/12/2007. Texto de Lúcia Hipólito no UOL, 24/07/2007. José Pastore, artigo no Estadão, 11/12/2007. Carlos Alberto Sardenberg, “De bronca com o capital”, Estadão, 10/12/2007. Filósofo Paulo Ghiraldelli, Estadão, 29/8/2007. Rolf Kunz, “Lula, o viajante do palanque”, Estadão, 29/11/2007. José Serra, em Folha On Line, 1º/8/2006, em reportagem de Raimundo de Oliveira. Gilberto de Mello, escritor e membro do Instituto Brasileiro de Filosofia, no Estadão de 2/8/2007, reproduzido no site do PSDB. Everardo Maciel, na Gazeta Mercantil de 4/10/2007. Rodrigo Maia, em declaração à Rádio do Moreno, 6/11/2007, 17h20. César Maia em seu blog, 12/11/2007. E Daniel Pizza em texto do Estadão de 2/12/2007.
Bernardo Kucinski é professor titular do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP. Foi produtor e locutor no serviço brasileiro da BBC de Londres e assistente de direção na televisão BBC. É autor de vários livros sobre jornalismo

domingo, 6 de janeiro de 2008

Fortes emoções em 2008.









2008 nem começou e já está prometendo. Iniciamos o ano sem CPMF, e o governo prometendo compensar a sangria editando um pacote que, além de incluir cortes no orçamento prevê aumento de impostos.
No âmbito externo a agitada eleição para presidente dos EUA. Interessante que é agitada para nós, os estadunidenses nunca foram entusiasmados com eleições presidências, até eu já fiz duas postagens sobre o tema, talvez excitado pela possibilidade de ter um negro, o Senador Obama (que não quer ter esta imagem atrelada á sua campanha), de origem queniana e ainda por cima, foi educado em uma escola islâmica.
Em terras cacerenses continua o dilema do coronel Deputado Federal Pedro Henry, que segue respondendo no cargo a denuncias de pelo menos quatro crimes, dentre eles o de corrupção ativa. Acredito que o clã Henry entrou 2008 com o pé esquerdo. O atual prefeito Ricardo Henry, não tem condições de ganhar nem para presidente do Bairro da Ponte ( antigo quebra pau), daí já se falam em plano B, se melar vão lançar o Pedro. Outras opções. Bem tem o Francis, empresário da Empresa Cometa Motocenter, seu único trunfo como administrador. Há tem o mocinho de família boa, tradicional como dizem os mais antigos. Túlio Fontes, enaltecido por muitos, não consigo ver o motivo, sua administração não deixou nenhuma marca, mas há quem o adote.
Na verdade, as previsões para 2008 não são nada boas....
1. Um democrata protecionista pode assumir a presidência dos EUA, impondo restrições ao trunfo do Brasil no momento. O biodieesel;
2. Previsão de aumento de impostos e cortes no orçamento, daí adeus ZPE, porto de morrinhos e asfaltos na Barra do Bugre/Cáceres
3. Possibilidade de cortes na área social, como saúde, segurança e educação;
4. Uma disputa entre a incerteza ( Francis) versus a incompetência ( Ricardo e quem sabe Pedro Henry) e para completar a tríade o que é bom pois seu pai foi bom ( Túlio Fontes)

sábado, 5 de janeiro de 2008

Choro de menino

Curta Metragem de William Cogo...
retrata a zona portuária do Rio de Janeiro, que no inicio do Século XX tornou se um ambiente fértil para a música popular brasileira, aí está o berço do chorinho com Pixinguinha e outros.
Vale a pena assistir.


A mídia nos EUA é bem parecida com a brasileira

Impressionante o video abaixo, vejam como se faz um patrulhamento em uma candidatura.
Obama.
negro,
descendente de Africanos,
Tem Husseim no nome,
é de familia com ancestrais islamicos,
quer ser presidente da maior potencia do planeta
Vejam o que está rolando por lá...... não te parece familiar?



Gostei deste Filme e estou partilhando com voces....
http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?Cod=2949&Exib=1

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Quem será este tal Obama?








Eu sei que Obama elogiou o programa do biocombustível do Brasil. ''os Estados Unidos devem seguir esse exemplo'', segundo o site da BBC Brasil em uma reportagem de 15/04/2007. O elogio é ao modelo brasileiro, uma vez que o Programa Americano é pequeno e com sérias limitações, perdendo inclusive em estratégia e em investimentos para o Programa da União Européia.Logo, quem sonha em uma parceria Brasil-EUA no Biocombustível pode tirar o cavalinho da chuva, caso Obama ganhe a casa Branca pois “''substituir o petróleo importado por nosso país pelo etanol brasileiro não atende aos nossos interesses nacionais e econômicos” afirma o presidenciável.Com certeza ele sabe do potencial dos EUA para ser o grande fornecedor mundial de biocombustível, e vai investir nisso e tentar desenhar uma nova ordem mundial onde o biocombustível seja o motor e o piloto os EUA.Mas eu particularmente acredito que vá sobrar algumas migalhas desta nova ordem mundial pós Obama presidente ( se ganhar), pois na mesma reportagem ele afirma ''uma maior produção de etanol por parte do Brasil poderia estimular o desenvolvimento econômico sustentável na região e reconfigurar a geopolítica de energia na região, reduzindo a influência propiciada pelo petróleo de Hugo Chávez, da Venezuela''Portanto, para o bem de nosso programa de biocombustivel desejemos vida longa a Chavez na Venezuela....


Barack Hussein Obama, Jr, é atualmente um dos candidatos mais comentados á sucessão presidencial, pelos Democratas nos EUA.Nasceu no Havaí , filho de pai queniano Barack Obama, e mãe americana.
Graduou-se em Ciência Política ainda no Havaí, depois cursou três anos de Direito na Universidade de Harvard, graduando-se em 1991. Em 1996 foi eleito ao Senado dos Estados Unidos pelo estado de Illinois e, em 2004, foi reeleito, e seu mandato atual vai de 2005 a 2011.
Mas é cedo dizer algo sobre ele apenas uma pequena nota. Conseguiu ir para as prévias do Partido Democrata sem assumir sua “negritude”, pois se ganhar estará se realizando o que a décadas vemos no cinema. O presidente dos EUA e o Prefeito de nova Iorque é, na maioria das vezes, um negro.É esperar para ver......