sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O HOMEM CONFORME DOM BOSCO



UMA REFLEXÃO A TENDO POR BASE O TEXTO ELEMENTOS HISTORICO-CRITICOS DA EVOLUÇÃO DA AÇÃO DE DOM BOSCO", de PEDRO PEREIRA BORGES

Sempre ouvimos a máxima de que “Somos produtos do meio”. Mesmo havendo quem pense diferente, neste caso Dom Bosco possivelmente não concordaria com tal afirmativa o certo é que atualmente é pacifico que o momento histórico e o fator geográfico  (locacional) deixa suas marcas nas mentes , concepções e ações de indivíduos de uma certa sociedade e Dom Bosco tem uma visão do mundo tal como ele é, e, por conseguinte uma visão do ser humano (BORGES – 2017: 14).
Assim se faz necessário desvelar o que denominamos de o século de Dom Bosco, ou seja o século XIX, onde uma radical reconfiguração geográfica e política sacudiu o continente europeu, em especial o Norte da Península Itálica. No plano da geopolítica temos os Reinos que compunham a península somado aos Estado Pontifícios, em particular o Norte sendo alvo das pretensões imperialistas da Áustria. No aspecto político e social a influencia da revolução francesa de cunho liberal já causava assombro principalmente no tocante aos direitos individuais e coletivos, questionamento do poder temporal da Igreja Católica que deveria, conforme os revolucionários, separar se do Estado e este por sua vez deveria abandonar as práticas absolutistas e aderir ao constitucionalismo. Paralelo a estes fatos da ordem geopolítica externa estava em curso ainda o desejo de unificação dos reinos itálicos – era o Risorgimento Italiano( 1815 a 1870).

Dom Bosco nasce em 1815. Vivenciou diretamente ou indiretamente os fatos narrados anteriormente. No plano das idéias e das concepções temos a efervescência do domínio da razão. Uma transição do teocentrismo que dominava o regime anterior para o novo regime sob a égide do antropocentrismo. Charles Darwin, Stuart Mill, Hegel e por fim Karl Marx. Estes pensadores, cada um em seu campo de produção com certeza devem ser levados em consideração quando se tenta entender o HOMEM na visão de Dom Bosco. Porem não se pode esquecer que Dom Bosco era fiel á Igreja e ao papa. Sua postura será refratária a todas estas concepções circundantes do século XIX, pois como conservador o mesmo se propunha a um propósito. Restaurar o status quo anterior ou resistir ao máximo aos fluxos modernizantes pois, no entender do santo eles ameaçavam a Igreja e o poder papal.
O sonho dos nove anos é ilustrativo neste ponto o para desvendar a antropologia de base do pensamento de São João Bosco. Os meninos que estavam a brincar o faziam em uma casa bastante espaçosa. As brincadeiras evidenciam que o homem á ativo. Ele age e precisa de segurança para suas ações. As brincadeiras parecem que não eram suficientes para fazer crescer e elevar o espírito daqueles garotos. Ainda lhes faltava algo e este tensionamento leva a uma nível a ponto de se agredirem e proferirem blasfêmias, que tanto incomodou a Dom Bosco. O homem portanto ao se ocupar de coisas fúteis e superficiais desprovidos de virtudes acaba se distanciando da natureza, das leis naturais, ou seja, dos mandamentos divinos, e o nível de degradação aumenta ao ponto de os mesmos se transformarem em animais.
O afastamento das virtudes embrutece o homem em Dom Bosco. Nisso aparece o senhor misterioso que lhe apresenta a “mestra” que o conforta dizendo, “não com pancadas mas com amor é que poderá conquistar seus amigos”. O homem tem que ser objeto de uma ação educativa para retomar o caminho da virtude. Há vários métodos e muitos métodos educativos com certeza existiam na Itália naquele período mas Dom Bosco preferiu usar a religião como base para aproximar o homem de Deus. Assim a educação se processa e se concretiza tendo como base a religião. Para BORGES em Dom Bosco

“...o ser humano é um ser criado por Deus, e que perdeu o contato com a natureza, mas que precisa ser resgatado pela própria religião... Ele tinha clareza que tipo de ser humano desejava ara a sociedade, alem da importância da religião e da Igreja no processo educativo” (BORGES, 2017:14)



Portanto, para Dom Bosco o processo civilizador da sociedade moderna, pós século XIX seria assentado no resgate das virtudes e valores da cristandade, estribados religião, na Igreja, na escola e na Missão. Educadores e missionários assim são os Salesianos pelo mundo inteiro. 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

CONFLITOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA


A análise dos motivos que desencadeiam os conflitos armados no continente africano necessita de uma abordagem histórica, pois o processo de colonização e independência dos países africanos interferiu diretamente na organização social da população. A intervenção colonialista, principalmente no fim do século XIX e início do século XX, modificou a estrutura organizacional dos grupos étnicos africanos.

Durante a ocupação dos europeus na África, a divisão territorial do continente teve como critério apenas os interesses dos colonizadores, não levando em conta as diferenças étnicas e culturais da população local. Diversas comunidades, muitas vezes rivais, e que, historicamente viviam em conflito, foram colocadas em um mesmo território, enquanto que grupos de uma mesma etnia foram separados.


Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), iniciou-se o processo de independência dos países africanos, no entanto, parte das fronteiras estabelecidas pelos colonizadores foi mantida, como também, novos países foram criados. Em consequência disso, vários conflitos armados entre diferentes grupos étnicos pela disputa do poder, surgiram no interior desses novos Estados.

Além da rivalidade étnica, outros fatores intensificaram os conflitos, entre eles estão: o baixíssimo nível socioeconômico de muitos países e a instalação de governos ditatoriais. Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas contribuíram para os confrontos entre as diferentes etnias. As duas potências, visando ao aumento de sua influência política, econômica e ideológica no continente africano, forneceram armas e apoio financeiro aos grupos rivais dentro de um mesmo país.

Entre os principais conflitos na África estão os que acontecem em Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália (conflitos étnicos). Outros, por disputas territoriais, como, Serra Leoa, Somália e Etiópia, e também por questões religiosas, como o que acontece na Argélia e no Sudão. Entre tantas políticas ditatoriais instaladas, a que teve maior repercussão foi o Apartheid, na África do Sul - política de segregação racial que foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder.

Nesse cenário de violência, torna-se importante a atuação de Organizações Não Governamentais (ONGs) em operações humanitárias, dando auxílio imediato às populações civis ameaçadas. No entanto, deve haver a contribuição de países desenvolvidos no processo de pacificação e auxílio nos aspectos socioeconômicos (AIDS, fome, economia, saúde, etc.) dos países africanos.
FONTE : http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/os-conflitos-na-africa.htm



SLIDE DA AULA CONFLITOS NA AFRICA SUBSAARIANA

CONFLITOS NA AMÉRICA LATINA

SLIDE DA AULA CONFLITOS NA AMERICA LATINA

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

As Gramáticas Juvenis


Reflexão produzida a partir do texto Gramaticas Juvenis de Gillianno José MAzzetto de Castro
 Orlandir G Cavalcante
Pós Graduando em Salesianidade pela UCDB - Virtual
Quando falamos em “gramáticas juvenis” estamos nos referindo a uma  série de manifestações capazes de expressar a identidade juvenil. Porem não podemos esquecer que O conceito de juventude é histórico e social. Acompanha a evolução da sociedade. Reconhecer que esta fase da vida  seja um período importante do desenvolvimento do individuo mas que não cabe em definições ou periodizações únicas. As juventude é um fenômeno complexo e que sua definição encerra uma visão polissêmica ou seja que é passível de diversas interpretações e diversos olhares.
Importa portanto compreender que  não existe apenas um tipo de jovem e não existe apenas uma forma de linguagem por eles utilizadas. O que por ora denominamos de “Gramáticas Juvenis”, assim no plural reconhece a pluralidade de manifestações e de linguagens que o jovem pós moderno utiliza como manifestação de seu ser e sua identidade no mundo.
A identidade hoje está no corpo, em especial dos jovens. ALMEIDA e EUGÊNIO em  2006 alertavam que academias estão se tornando os novos santuários da contemporaneidade e  em 2003 DE CASTRO lecionava que o corpo, e mais propriamente o corpo jovem, tem se tornado a bandeira da publicidade. Isso  expõe que o jovem que mais fazer experiências do que ouvir dizer ou assistir. Sentir na pele. Experimentar é a nova didática, ou seja a customização de si. O corpo fala e se impõe no grupo e na sociedade.
Portanto, temos brechas para enterrar antigos tabus como o sexo e a virgindade e a emergência de novos como a busca pela alimentação saudável, o Light, o pouco açúcar. Ser normal não é legal, preferem ser chamados de “vida Loka”, estilo de vida que valoriza o hoje. O agora de forma intensa e até mesmo irresponsável. É o culto ao presenteísmo. O momento presente é o que importa. Experienciar no presente de forma intensa e prazerosa. O hedonismo ressurge na pós modernidade  não dentro de uma proposta de vida duradoura e estável como era na modernidade e sim o prazer constitui a própria razão de ser do projeto de vida que, por isso mesmo é fluido, passageiro, efêmero porem intenso. Viver o presente.
Assim, fica fácil perceber que é característico do jovem pós moderno a fugacidade, não uma fuga rápida e desordenada. Por mais que pareça ser os jovens pros modernos avessos a rotinas, temos assim um paradoxo. Como o presente é vivido intensamento ele comporta normas, rotinas e disciplina. Basta ver com que disciplina e esmero vão a uma academia ou fazem um certo regime. Portanto a disciplina e a rotina para os jovens hoje só faz sentido se estiver relacionado ao seu projeto de vida imediato. Como o corpo perfeito para o próximo verão. Se tentarmos enquadrar esta disciplina em um projeto maior como por exemplo a sua formação educacional básica, que leva anos o mesmo estabelece rotina e disciplina com mais dificuldade.
Sweet (2000) comenta, a partir do acrônimo EPIC (Experience, Participation, Image, Connection) a existência do jovem de hoje. Ele existe e se sente vivo se tiver uma experiência, se estiver participando, se for guiado pelas imagens e se estiver conectado.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

CONTINENTE AFRICANO - ASPECTOS FISICOS

A África está separada da Europa pelo mar Mediterrâneo e liga-se à Ásia na sua extremidade nordeste pelo istmo de Suez. No entanto, a África ocupa uma única placa tectônica, ao contrário da Europa que partilha com a Ásia a Placa Euro-asiática.
Do seu ponto mais a norte, Ras ben Sakka, em Marrocos, à latitude 37°21′ N, até ao ponto mais a sul, o cabo das Agulhas na África do Sul, à latitude 34°51′15″ S, vai uma distância de aproximadamente 8 000 km. Do ponto mais ocidental de África, o Cabo Verde, no Senegal, à longitude 17°33′22″ W, até Ras Hafun na Somália, à longitude 51°27′52″ E, vai uma distância de cerca de 7 400 km.
Para além do mar Mediterrâneo, a norte, África é banhada pelo oceano Atlântico na sua costa ocidental e pelo oceano Índico do lado oriental. O comprimento da linha de costa é de 26 000 km.

Localização

Com uma área territorial de pouco mais de 30 milhões de quilômetros quadrados, o continente africano é o terceiro em extensão. Cortam a África, três dos grandes paralelos terrestres: Equador, Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio, além do Meridiano de Greenwich. Há cinco diferentes fusos horários. O continente tem o formato aproximado de um crânio humano visto de lado com o nariz - a península da Somália - apontado para leste.
Estendendo-se de 37 graus de latitude norte a 34 graus de latitude sul e de 18 graus de longitude oeste a 51 graus de longitude leste, o território africano distribui-se pelos quatro hemisférios do planeta Terra. Por outro lado, está compreendido em apenas duas zonas climáticas: a zona intertropical (equatorial e tropical norte e sul) e temperada do norte e do do sul.
A África apresenta litoral pouco recortado e é banhada, a oeste, pelo oceano Atlântico; a leste, pelo oceano Índico; ao norte, pelo mar Mediterrâneo; e a nordeste, pelo mar Vermelho.
Dentre os acidentes geográficos litorâneos, merecem destaque o golfo da Guiné no Atlântico Sul; e o estreito de Gibraltar, entre o Oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo, junto da península Ibérica, na Europa. Há ainda no leste do continente, a península da Somália, chamada também de Chifre da África, e o golfo de Áden, formado por águas do oceano Índico e limitado pela península Arábica, que pertence à Ásia. Ao sul, encontra-se o cabo da Boa Esperança.
A África não possui muitas ilhas ao seu redor. No Atlântico, localizam-se algumas, formadas por picos submarinos, como as Ilhas Canárias e a Ilha da Madeira, bem como os arquipélagos de São Tomé e Príncipe e de Cabo Verde. No Oceano Índico encontram-se uma grande ilha — a de Madagáscar — e outras de extensão reduzida, entre as quais Comores, Maurício e Seychelles.

Relevo

O relevo africano, predominantemente planáltico, apresenta considerável altitude média - cerca de 750 metros. As regiões central e ocidental são ocupadas, em sua totalidade, por planaltos intensamente erodidos, constituídos de rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos.
Os planaltos contornam depressões cortadas por rios, nas quais também se encontram lagos e grandes bacias hidrográficas, como as do Nilo, do Congo, do Chade, do Níger, do Zambeze, do Limpopo, do Cubango e do Orange.
Ao longo do litoral, situam-se as planícies costeiras, por vezes bastante vastas. Destacam-se, a oeste e nordeste do continente, quando se estendem para o interior. As planícies ocupam área menor do que a dos planaltos. Podemos citar as planícies do Níger e do Congo.
Na porção oriental da África encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: uma falha geológica estendendo-se de norte a sul, o Grande Vale do Rift, em que se sucedem montanhas, algumas de origem vulcânica e grandes depressões. É nessa região que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por altas montanhas, de mencionar o Quilimanjaro (5895 metros), o monte Quénia (5199 metros) e o Ruwenzori (5109 metros).
Podemos destacar ainda dois grandes conjuntos de terras altas, um no norte, outro no sul do continente:
Completando uma visão do relevo africano, é possível observar ainda a existência de antigos maciços montanhosos em diferentes pontos do continente: o da Etiópia, formado a partir de erupções vulcânicas, o de Fouta Djalon e o de Hoggar, além de vários outros.
O Planalto dos Grandes Lagos assinala o início de inclinação do relevo africano, do leste para o continente, que favorece a drenagem de bacias fluviais interiores, como as dos rios Congo, Zambeze e Orange.

 

Clima


A linha do Equador divide a África em duas partes distintas: o norte é bastante extenso no sentido leste-oeste; o sul, mais estreito, afunila-se onde as águas do Índico se encontram com as do Atlântico. Quase três quartos do continente estão situados na zona intertropical da Terra, apresentando, por isso, altas temperaturas com pequenas variações anuais.
Distinguem-se na África os climas equatorial, tropical, desértico e mediterrâneo.
O clima equatorial, quente e úmido o ano todo, abrange parte da região centro-oeste do continente; o tropical quente com invernos secos domina quase inteiramente as terras africanas, do centro ao sul, inclusive a ilha de Madagascar; o clima desértico, por sua vez, compreende uma grande extensão da África, acompanhando os desertos do Saara e de Calaari.
O clima mediterrâneo manifesta-se em pequenos trechos do extremo norte e do extremo sul do continente, apresentando-se quente com invernos úmidos. No Magrebe, a agricultura é importante, cultivando-se vinhas, oliveiras, cítricos e tâmaras, enquanto que no sul, principalmente na península do Cabo, o vinho, introduzido pelos imigrantes franceses, no século XVII, é igualmente uma fonte de riqueza local.
A pluviosidade na África é bastante desigual, sendo a principal responsável pelas grandes diferenças entre as paisagens africanas. As chuvas ocorrem com abundância na região equatorial, mas são insignificantes nas proximidades do Trópico de Câncer, onde se localiza o Deserto do Saara, e do Trópico de Capricórnio, região pela qual se estende o Calaari.
Localizados no interior do território africano, os desertos ocupam grande parte do continente. Situam-se tanto ao norte (Dyif, Iguidi, da Líbia - nomes regionais do Saara) quanto ao sul (da Namíbia - denominação local do Deserto de Calaari).

Hidrografia

Tendo as regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.
A maior importância cabe ao rio Nilo, o segundo mais extenso do mundo (após o Solimões-Amazonas), cujo comprimento é superior a 6.500 quilômetros. Nasce nas proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no mar Mediterrâneo. Forma, com seus afluentes, uma bacia de quase três milhões de quilômetros quadrados, cinco vezes mais extensa que o estado de Minas Gerais. O vale do rio Nilo, abaixo da confluência entre o Nilo Branco e o Nilo Azul, apresenta um solo extremamente fértil, no qual se pratica intensamente a agricultura, onde as principais culturas são o algodão e o trigo. As grandes civilizações egípcia e de Meroé, na Antiguidade existiram, em parte, em função de seu ciclo anual de cheias.
Além do Nilo, outros rios importantes para a África são o Congo, o Níger e o Zambeze. Menos extensos, mas igualmente relevantes, são o Senegal, o Orange, o Limpopo e o Zaire.
No que se refere aos lagos, a África possui alguns mais extensos e profundos, a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, o Rodolfo e o Tanganica. Este último, com quase 1.500 metros de profundidade, evidencia com mais ênfase a grande falha geológica na qual se alojaram os lagos. O maior situado na região centro-oeste é o Chade.

 

Vegetação

Nas áreas de clima equatorial as chuvas são abundantes o ano inteiro; graças à pluviosidade, a vegetação dominante é a floresta equatorial densa e emaranhada. Ao norte e ao sul dessa faixa, onde o verão é menos úmido e a região está sujeita às influências marítimas, aparecem as savanas, que constituem o tipo de vegetação mais abundante no continente. Circundam essa região zonas em que as temperaturas são mais amenas, a pluviosidade menor e as estações secas bem pronunciadas. Aí se encontram estepes, que, à medida que alcançam áreas mais secas, tornam-se progressivamente mais ralas, até se transformarem em regiões desérticas.
Ao longo do litoral do mar Mediterrâneo e da África do Sul, sobressai a chamada vegetação mediterrânea, formada por arbustos e gramíneas. Nesta área concentra-se a maior parte da população branca do continente.

Como parte significativa de sua vegetação está preservada, a África conserva ainda numerosos espécimes de sua fauna: a floresta equatorial constitui abrigo, principalmente, para aves e macacos; as savanas e estepes reúnem antílopes, zebras, girafas, leões, leopardos, elefantes, avestruzes e animais de grande porte em geral.

SLIDE - ASPECTOS FÍSICOS DO CONTINENTE AFRICANO

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

SOCIEDADE BRASILEIRA. ESTADO E PARTICIPAÇÃO

A sociedade brasileira é aquela que sabe que é uma sociedade, quando deveria ser uma sociedade que sabe que sabe que é. Uma comparação entre o Homo Sapien e o Homo Sapiens Sapiens. Não basta saber, mas é preciso que tenha consciência de que sabe, ou seja, Sabe que sabe.
Essa situação tem um fundamento. A nossa origem colonial. O colonialismo circula em nossas veias e, em parte esta herança histórica nos deixa como animal satisfeito que dorme. Mas não podemos ou poderíamos superar esta situação? Temos um exemplo com os Norte Americanos. Lá, desde o inicio, a elite já se impôs e decidiu que trilharia seus próprios caminhos no plano político e econômico e quando a Inglaterra decide mudar as regras houve reação. Claro que estou desconsiderando o massacre dos outros modos de vida como dos indígenas e dos colonos do Sul que foram destruídos sem dó nem piedade em nome do imperialismo Ianque que deveria prevalecer.
É por aqui? Bem, nossa elite política e econômica é preguiçosa, tanto é que os populares tiveram que fazer vários levantes como as revoltas lideradas pelo frei Caneca, os Malês, Os quilombos que pipocaram no Brasil, as inúmeras resistências indígenas enfim foram as camadas populares, o povão e  suas lideranças que fizeram a nossa elite levantar a bunda da cadeira e começar a negociar a independência. Ela veio, mas com ela um perigo. Ou a elite assumia a gerência, ou ficaria a mercê destes grupos populares. Assim, subserviente  e preguiçosa nossa elite mesmo com a independência manteve a estrutura estatal anterior à independência, marcada pelo centralismo, a não transparência e a promiscuidade do público com o privado.
Assim, a política teria que ficar nas mãos desta mesma elite. No primeiro momento toda decisão política ficou centralizada e acreditamos  que isso permaneceu até a proclamação da republica, em 1889, quando de forma programada e excludente o povo foi elijado e a proclamação da república acontece, sem a participação popular, apenas com o protagonismo do Exercito, escorado na Igreja Católica, na Maçonaria e na oligarquia cafeeira paulista.
Mesmo com a república nada muda no plano político de forma efetiva. Continuamos a reproduzir as estruturas  e vícios administrativos externos, dentre eles a exclusão da população nos destinos da política. Porem isso teria que mudar. Os ventos da modernidade do século XIX já não chegavam como uma brisa, mas sim como uma tempestade ou uma ventania. Assumimos o canto da sereia da tal “democracia representativa”. Agora tenho representantes. Eles são eleitos de forma direta, logo a mídia e os discursos são no sentido de dizer que o fato de votar nos faz a maior democracia do planeta. Acreditamos.
Pois bem, como temos uma estrutura de Estado e de Gestão que sempre vem de fora, pois o de fora é mais elegante e correto, nos aquietamos mais uma vez, dormimos como animais satisfeitos, afinal temos democracia, votamos de forma direta mas esquecemos que Estado e Poder econômico caminham juntos.
Nossa tradição permite em alguns casos que os mesmos se imiscuem de tal forma que um atribui ao outro as funções de executar serviços em nome de outrem e com regras pouco claras e inteligíveis para a maioria da população que, providencialmente continua tendo um sistema educacional com limitações operacionais ( que vão desde a horrível estrutura física das escolas até a baixíssima remuneração de seus educadores) e mais recentemente com um elemento a mais, o tal currículo mínimo ( apenas Português, Matemática e Inglês para o Ensino médio – Política de currículo mínimo!). Esta combinação de colonialismo predatório, imobilismo de uma elite que só pensa em seu umbigo e uma população excluída de um sistema educacional amplo, eficiente e critico, nos deixa a mercê mais uma vez .
A Educação Fiscal é sem sombra de duvida uma oportunidade de desvelarmos e desmistificar o âmago do estado em sua estrutura principal a arrecadação. Se nossos educando tiverem acesso desde cedo a este mecanismo podemos ter certeza que com eles cresce a idéia de controle e boa gestão do que é publico e em menos de vinte anos teremos uma geração que irá corroer esta estrutura colonialista e adormecida e instituir um Estado mais democrático e cidadão.