domingo, 30 de março de 2008

Professores não pensam a Educação


"Os professores não pensam a educação". Esta afirmativa causa um desespero danado, ainda mais em uma platéia composta por educadores, discutindo a educação de jovens e Adultos (EJA), onde uma grande parte advem de movimentos populares, outros professores da rede publica e alguns doutores em Educação. Aliás doutorado em Educação temos a rodo no pais, e por incrivel que pareça as coisas não avançam.

voltando a afirmação polemica, ela poderia ser aplicada a todas as atividades, aos profissionais da saude, da industria, do comercio, enfim, ninguem pensa. Ou melhor sempre é uma minoria que elabora, pensa, planeja mas executar passa a ser terefa de todos.

Estou falando daquele profissional que está no chão da escola, não daquele que está longe da sala de aulapois está afastado a mais de dois ou tres anos para fazer mestrado ou doutorado, ou que está afastado da escola para ocupar cargos politicos, comisssionados ou burocráticos. Falo dos que tem que elaborar planos de aulas e executá-los em duas ou tres escolas .

Fazem tudo certinho. PArticipam de formações continuadas, participam de encontros, opinam, mas ao retornar, não encontram uma estrutura logistica dentro da escola capaz de proporcionar ao mesmo possibilidade de tomar novas iniciativas, inovar... para não perder a cabeça, continua a ser repetitivo. As mesmas aulas, o mesmo programa de conteudo, a mesma didatica....

Mas permitam me, o velho Karl MArx e seus seguidosres ja denunciavam esta necessidade de se criar, no modo de produção capitalista esta logica da execução, uns pensam e outros executam, tão bem executado pelo Fordismo.

Não se pensa por preguiça, mas por imposição de um sistema que exige professores dando aula, executando aulas,vejam o exemplo de Mato Grosso que até recentemente tinha um sistema de premiação em 12% áquless que estivessem em sala de aula, não dá espaço a uma convivencia social e com os outros envolvidos no processo de ensino e aprendizagem

Assim, é urgente lutar por politicas publicas no sentido de promover uma possibilidade de inserção do maior numero de profissionais da educação no rol dos que "pensam a educação". Não bastam encontro, congressos, e simposios onde houve os educadores, mas politicas capazes de colocar o professores em uma escola e dela fazer parte, isso só ocorre mediante:

1. Sistema de lotação baseado na possibilidade de adequar a Carga Horaria do professor em uma unica unidade escolar;

2. Garantir a hora atividade como momento de crescimento intelectual do professor, seja em casa , em sala ou em qualquer outro espaço de produção de conhecimento e de cultura;

3. Incentivar a didatica de projetos a serem executados e avaliados dentro da propria unidade escolar, com incentivos financeiros;

4. Gestãoa relamente democratica no dia a dia da escola;

Só assim haverá uma educação verdadeiramente libertadora, pois começa a libertar o profissional da educação, possibilitando a ele um pensar reflexivo sobre sua atividade. O professor deixa de ser um lecionador e passa a ser um pensador.