segunda-feira, 8 de julho de 2019

RESENHA O1 - Ensino-Aprendizagem e Avaliação na Educação a Distancia (EAD): Abordagem Colaborativa


Ensino-Aprendizagem e Avaliação na Educação a Distancia (EAD): Abordagem Colaborativa, publicado em 2012 no Cadernos da CNLF, Vol. XVI, n 04, paginas 1827 a 1837[1]. O objetivo principal do artigo é desenvolver reflexões no que diz respeito à EaD, especificamente no que concerne à avaliação na EaD, como é desenvolvida e quais as implicações desse novo paradigma.
De inicio as autoras situam o leitor no intervalo das décadas de 1970 a 2000 quando pesquisas passaram a determinar as especificidades da EaD e sua evolução instrumental até ás plataformas virtuais, bem como as especificidades do processo educativo na era digital. Em seguida passam a dedicar à abordagem sobre a aprendizagem, entendida aqui como o objeto da avaliação. O processo de avaliar é peça fundamental para a aquisição de aprendizagem. Ficando claro que em toda aprendizagem seja presencial ou a distancia a avaliação é parte efetiva, porem as autoras dedicam a apresentar reflexões que, caracterizariam especificidades do processo avaliativo na EaD.
A educação à distancia caracteriza se essencialmente pelo afastamento espaço-temporal dos atores, assim acaba exigindo de certa forma uma participação mais intensa do aluno, em se tratando do seu controle de aprendizagem, tendo por base um aparato tecnológico ou de material impresso e até digitalizado, a verdade é que não se pode olvidar em reconhecer que trata se de uma estratégia poderosa de democratização e acessibilidade do ensino, promovendo inclusive a emergência de novos profissionais principalmente de nível técnico. Mas, na era digital, o processo educativo tem sido marcado por inovações tecnológicas nos séculos XX e XXI exigindo novos programas educativos flexivos e adaptáveis, afeitos a interatividade, levando ao desenvolvimento de ferramentas e metodologias capazes de conduzir o estudante para a reflexão de sua aprendizagem. Uma nova maneira da interagir. Trata se de um novo olhar e fazer , já trilhado pelo processo presencial, que também necessita das atividades, do envolvimento da participação.
Toda avaliação exige do professor reflexão critica sobre a prática pedagógica, no sentido de entender os avanços dessa prática, suas potencialidades e suas fragilidades. Entende que seja observado os aspectos qualitativos do processo, logo, a aprendizagem é objeto da avaliação, por isso deve se criar e desenvolver um processo avaliativo comprometido com a aprendizagem.
Na EaD e também no presencial, quem constrói o aprendizado é o estudante, auxiliado pelo professor. É um processo e que conforme as autoras, neste processo avaliativo em Ead, a avaliação há que refletir sobre: a) orientação e o apoio  reservado às atividades desenvolvidas nos diversos ambientes virtuais. b) Aproveitamento da navegação por hipertextos. c) O apoio às múltiplas tecnologias. d) incentivo a tecnologias e ferramentas que suscitem relações sócio afetivas. e) adesão real e efetiva dos estudantes e professores. f) estimulo a aprendizagem autônoma e emancipatória. g) pontualidade, compromisso, colaboração. h) e, sempre que possível, reivindicar a presencialidade, conforme a proposta pedagógica e as condições sócio-regionais.
O processo de avaliação é complexo e envolve todas as concepções que norteiam a vida e o ser humano enquanto depositário de individualidade, sociabilidade, enfim, toda a carga cultural, social e econômica historicamente considerados. O ser humano é complexo. Esta complexidade se manifesta inclusive no processo de avaliação, e no caso em tela de avaliação da aprendizagem.
A EaD tem, pela frente uma longa jornada no sentido de refletir e colocar em pratica processos de avaliação de aprendizagem condizentes com as exigências  não só do mercado, mas da vida social e do crescimento do espírito humano. Apesar das novas ferramentas, das inovações tecnológicas o ato de avaliar é essencialmente humano. A tecnologia e as ferramentas tecnológicas podem potencializar o processo porem nada substitui a sagacidade e a capacidade humana de pensar e programar seu crescimento e sua evolução. Ter como pratica pedagógica a socialização, partilha, colaboração, respeito humano e a solidariedade parece ser a base de toda e qualquer proposta de avaliação seja no modelo presencial ou a distancia.
Assinam o artigo Nara Maria Fiel de Quevedo Sgarbi (UNIGRAN), Maria Alice de Mello Fernandes (UNIGRAN), Rute de Souza Josgrilberg (UNIGRAN) e Terezinha Bazé de Lima (UNIGRAN), sendo portanto, uma excelente reflexão para estudantes, em especial para cursos de licenciatura, educadores, professores, coordenadores pedagógicos e Gestores Educacionais, que desejam entender ou atuar na área da educação em especial na Educação à Distancia.
Orlandir Gonçalves Cavalcante
IFMT – Formação Pedagógica Para Graduados Não Licenciados -
Disciplina – Metodologias e Estratégias de Ensino.