sábado, 26 de novembro de 2011

A politica em Cáceres

Caros amigos e amigas de Cáceres, nossa bicentenária princesinha. Me dá pena ver a princesinha sempre á sombra da elite Cuiabana.

A elite cuiabana nunca gostou de Mato Grosso, muito menos de Cáceres.

Esta Historia tem origem antiga cito por exemplo os conflitos do inicio do século XIX, quando o potentado político radicado na Fazenda Jacobina ( Pereira Leite) declara apoio á elite da Junta Governativa de Cuiabá em detrimento á Junta Progressista ( pelo menos em propostas) de Vila Bela. De lá para cá sempre fomos um apêndice da cuiabania.

De vez em quando surgem alguns lideres que, se forem bem aceitos da cuiabania, tem sua famílias beneficiadas com cargos no governo estadual. Esta é a lógica da cuiabania com Caceres.

Os governantes estaduais perpetuam se no poder com os votos de Cáceres, mas o curioso que para ter votos aqui não precisa fazer nada!

Segundo o político Blairo Maggi basta revirar a cidade de cabeça para baixo. Pronto. Os votos já estarão computados na urna.

Muitos me perguntam nos bares filosóficos da vida. Mas como Orlandir? Por que ganham votos mesmo sem fazer nada? Calma cocada! Há duas táticas atualmente, e pelo menos nos últimos vinte anos ela se mostrou infalível.

Tática 01 – Cáceres é cidade tradicional. Tem identidade própria. Constitui núcleo antigo de povoação e, como não surgiu de mineração criou muitas famílias tradicionais. Guetos familiares. Oligarquias como dizem por aí. Constituem uma certa elite. Admirada. Respeitada. Que querem o bem da cidade. Portanto capitalizam uma parcela de votos, a saber votos mais humildes, de zonas rurais e desta fronteira adentro. Portanto basta entregar cargos na administração estadual para expoentes deste tipo de elite, geralmente ligada aos pecuaristas, pronto. Está garantido pelo menos os votos dos peões de fazenda ( que ainda são muitos no pantanal adentro e nesta fronteira sem fim....), mas não é so isso tem ainda os antigos trabalhadores que migraram para cidade que ainda tem dividas de honra e respeito para com os descendentes dos fazendeiros prósperos do passado. Votam no doutor com certeza ou no seu filho, sobrinho, neto... basta ter o sobrenome tal que votam nele.....mas ele não quer fazer nada por Cáceres ele é apenas um apêndice da política cuiabana, ele funciona como uma espécie de captador de votos para os políticos a nível estadual......

Tatica 02 – Após 1980 Cáceres recebeu muitos imigrantes. Novas famílias vindas do centro sul. Novos lideres. Que também começam a capitanear votos, agora tem que atende-los com cargos na admistração estadual. Entregam cargos estratégicos pessoas estratégicas. Assim satisfaz a elite migrante. O que mais me preocupa é que Silval aprendeu rápido demais! Caramba ! o cidadão representante de uma outra ótica de ocupação de Mato Grosso mais que depressa aprendeu que com Caceres é assim. Beneficiou Pedro Henry, com suas centenas de seguidores em cargos de chefia em órgãos estaduais na região, com isso ele agracia os anseios da nova safra de migrantes que Cáceres recebeu após 1990. E a ida de Zezinho Lacerda satisfaz o anseio da cacerensia, ou seja os mais antigos e tradicionais. Pronto. O circo está armado. Pode por placas , não inaugurar nada, cavar buracos e não tapar ... o voto estará garantido nas urnas.