segunda-feira, 16 de outubro de 2017

As Gramáticas Juvenis


Reflexão produzida a partir do texto Gramaticas Juvenis de Gillianno José MAzzetto de Castro
 Orlandir G Cavalcante
Pós Graduando em Salesianidade pela UCDB - Virtual
Quando falamos em “gramáticas juvenis” estamos nos referindo a uma  série de manifestações capazes de expressar a identidade juvenil. Porem não podemos esquecer que O conceito de juventude é histórico e social. Acompanha a evolução da sociedade. Reconhecer que esta fase da vida  seja um período importante do desenvolvimento do individuo mas que não cabe em definições ou periodizações únicas. As juventude é um fenômeno complexo e que sua definição encerra uma visão polissêmica ou seja que é passível de diversas interpretações e diversos olhares.
Importa portanto compreender que  não existe apenas um tipo de jovem e não existe apenas uma forma de linguagem por eles utilizadas. O que por ora denominamos de “Gramáticas Juvenis”, assim no plural reconhece a pluralidade de manifestações e de linguagens que o jovem pós moderno utiliza como manifestação de seu ser e sua identidade no mundo.
A identidade hoje está no corpo, em especial dos jovens. ALMEIDA e EUGÊNIO em  2006 alertavam que academias estão se tornando os novos santuários da contemporaneidade e  em 2003 DE CASTRO lecionava que o corpo, e mais propriamente o corpo jovem, tem se tornado a bandeira da publicidade. Isso  expõe que o jovem que mais fazer experiências do que ouvir dizer ou assistir. Sentir na pele. Experimentar é a nova didática, ou seja a customização de si. O corpo fala e se impõe no grupo e na sociedade.
Portanto, temos brechas para enterrar antigos tabus como o sexo e a virgindade e a emergência de novos como a busca pela alimentação saudável, o Light, o pouco açúcar. Ser normal não é legal, preferem ser chamados de “vida Loka”, estilo de vida que valoriza o hoje. O agora de forma intensa e até mesmo irresponsável. É o culto ao presenteísmo. O momento presente é o que importa. Experienciar no presente de forma intensa e prazerosa. O hedonismo ressurge na pós modernidade  não dentro de uma proposta de vida duradoura e estável como era na modernidade e sim o prazer constitui a própria razão de ser do projeto de vida que, por isso mesmo é fluido, passageiro, efêmero porem intenso. Viver o presente.
Assim, fica fácil perceber que é característico do jovem pós moderno a fugacidade, não uma fuga rápida e desordenada. Por mais que pareça ser os jovens pros modernos avessos a rotinas, temos assim um paradoxo. Como o presente é vivido intensamento ele comporta normas, rotinas e disciplina. Basta ver com que disciplina e esmero vão a uma academia ou fazem um certo regime. Portanto a disciplina e a rotina para os jovens hoje só faz sentido se estiver relacionado ao seu projeto de vida imediato. Como o corpo perfeito para o próximo verão. Se tentarmos enquadrar esta disciplina em um projeto maior como por exemplo a sua formação educacional básica, que leva anos o mesmo estabelece rotina e disciplina com mais dificuldade.
Sweet (2000) comenta, a partir do acrônimo EPIC (Experience, Participation, Image, Connection) a existência do jovem de hoje. Ele existe e se sente vivo se tiver uma experiência, se estiver participando, se for guiado pelas imagens e se estiver conectado.

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