sexta-feira, 27 de março de 2015

ESQUEMA DE AULA - HISTORIA DE MATO GROSSO IMPERIO

IMPORTANCIA DO PERIODO IMPERIAL (1822 A 1889)

  1.  Independência – 1822
2.  Abdicação de D. Pedro I – 1831
3 . Regência – 1831-1840
 4. Leis abolicionistas (1850, 1871, 1885 e 1888)
*  Proclamação da República (1889)
*  Projetos de modernização do Brasil por parte da elite – Bacharéis, cientistas, engenheiros, médicos, sanitaristas e educadores.
*  Proliferação de escolas primárias
*  As primeiras Leis e códigos nacionais inclusive nas províncias,
*  Surgimento das Assembléias legislativas

AS ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS PROVINCIAIS

*  Criadas em 1834
*  Deputados eleitos
*  Cidadãos (podem votar e ser votados): os que possuíam alta renda
*  Funções dos deputados: propor, discutir, aprovar ou rejeitar projetos, era um contraponto de poder local
*  Assembléia Legislativa de Mato Grosso – inicia os trabalhos em 1835.

DEPOSIÇÃO DE FRANCISO DE PAULA MAGESSI

*  Mesmo antes da independência (1822) a Corte Portuguesa defendia que D. Pedro I ficasse governando o Rio de Janeiro e as Províncias continuassem sob o comando de Portugal.
*  Francisco de Paula Magessi em 03/06/1821 – faz um juramento dos princípios da constituição portuguesa (compromisso com as cortes lusitanas), isso desagradou os cuiabanos;
*  21/08/1821 – Magessi é deposto por uma Junta Governativa Provisória de Cuiabá (nove membros), que constituiu antes mesmo da independência um governo próprio. Cuiabá assistiu a independência do Brasil com um governo provisório composto por pessoas moradoras em Cuiabá.

JUNTA GOVERNATIVA DE CUIABÁ - 1821                    
Clero: Don Luís
         Pe. Agostinho Luis Goulart Pereira
         Pe. José da Silva Guimarães
Nobreza: Andre Gaudie Ley
Povo:           João Jose Guimarães e Silva
         Félix Merme
         Jerônimo Joaquim Nunes
         Luís DÁlicourt
         Antonio Navarro de Abreu
JUNTA GOVERNATIVA DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE – 1822

Presidente: Jose Antonio de Assunção
Vigário:       Batista
Vice Presidente:Manuel Veloso Rabelo de Vasconcelos
Secretário:  Manuel Teodoro da Silva
Deputados:  José da Silva Gama e Cunha
                   Joaquim Vieira Passos
                   Joaquim Teixeira Coelho
                   Luis Antonio Vaz Pacheco
                   João Francisco de Guimarães
                  
CUIABÁ E VILA BELA LUTA PELA HEGEMONIA

*  A Junta Governativa de Cuiabá fez surgir em Vila Bela outra Junta Governativa em 1822.
*  Vila Bela inova ao intencionar a abolição da escravatura. Lei Nova (declara o amor livre licito).
*  As proposições avançadas da junta de Vila Bela assustaram a sociedade e não conseguiu apoio de outras localidades como de Vila Maria onde seu coronel político João Pereira Leite, declara apoio á junta Cuiabana.
*  Isolamento de Vila Bela, tendo como única comunicação o Pará.
*  Mesmo após a independência (1822) as duas juntas continuaram mas em 20/04/1824 o Imperador D. Pedro I nomeia José Saturnino da Costa Pereira primeiro presidente da Província de Mato Grosso, que recebeu o cargo em Cuiabá.
*  Elizabeth Madureira alerta que “essa disputa pelo poder político entre Vila Bela e Cuiabá teve como protagonista apenas as elites”.
A RUSGA
Antecedentes nacionais:
         Reinado de D. Pedro I – 1822 a 1831. Teve que retornar a Portugal com a morte do rei D. João VI – tornou se D. Pedro IV
         O Príncipe Pedro de Alcântara – Sete anos – estabelece o período das regências (unas e trinas) – brasileiros no poder.
Regências:   período de 1831 a 1840
                   Brasileiros na administração
                   Pressões por reformas sociais, política e administrativa
                   Facções políticas
           Revoltas                   
Movimento
Ano
Província
Cabanada
1832
Pará
Rusga
1834
Mato Grosso
Farroupilha
1835
Rio Grande do Sul
Cabanagem
1835
Pará
Sabinada
1837
Bahia
Balaiada
1838
Maranhão

Partidos Políticos – Quadro da situação no império e na província de Mato Grosso
Primeiro Reinado
(1822-1831)
Período Regencial
(1831-1834)
Associações ou Sociedades na Província de Mato Grosso
Partido Português
Ou caramurus
Restauradores: Conservadores
Retorno de D. Pedro I e do Brasil á condição de Colônia
Sociedade Filantrópica
Portugueses, comerciante- Exportação e Importação. Grandes proprietários de terra e escravos.
Governo escolhido pela regência. Presidente da Província Sr. Antonio Correa da Costa.
Priorizou os estrangeiros e os grandes comerciantes. Descontentamento nas camadas médias.
Partido Brasileiro
Moderados: Liberais
Desejavam o retorno da Constituição de 1824 e assumir a administração das províncias.
Sociedade Zelosos da Independência:
Elementos da elite burocrata. Profissionais Liberais. Componentes da Guarda Nacional.

Exaltados: Liberais
Desejavam a proclamação da republica e a expulsão dos estrangeiros principalmente os portugueses





A ECLOSÃO DA RUSGA

A sociedade Zelosos da Independência que congregava os Liberais (Moderados e Exaltados) decide iniciar um movimento que partiria do Campo do Ourique, tomaria o Quartel das Guardas Municipais e derrubaria o Governo de Antonio Correa da Costa.
O Presidente Antonio Correa da Costa descobre o movimento e afasta e assume o Vice-Presidente, seu genro, André Gaudie Ley, reassume após quatro meses e depois sai em definitivo e a província fica nas mãos do Conselho de Governo. Membros da elite Cuiabana dentre eles João Poupino Caldas, da ala dos Liberais Moderados.
Esclarecendo:Liberais Exaltados desejavam a expulsão dos portugueses e dos grandes comerciantes. Favoráveis á luta armada. Liberais Moderados eram desfavoráveis á luta armada.

O Conselho de Governo, temerosos da eclosão do movimento elegem João Poupino Caldas Presidente. (Moderado. Comerciante. Líder dos Guardas Nacionais e Municipais). Tentativa e abortar o movimento armado.
João Poupino Caldas assumindo a presidência não acalma a ala radical e o movimento eclode em 30 de maio de 1834.

Trajetória do Movimento:
Revoltosos na noite de 30/05/1834 se reúnem no Campo DÓurique ( Hoje Praça Moreira Cabral – Camara Municipal de Cuiabá). Tomam a Guarda Municipal e Nacional.
Na 1ª Noite tomam a guarda e arrobam casas saqueiam e matam portugueses
Na manha seguinte Poupino Caldas juntamente com o Bispo D. Antonio dos Reis sai ás ruas implorando aos rusguentos que parem. A atitude inflamou ainda mais os revoltosos.
Governo Paralelo instala-se no quartel e Poupino no Palácio. Dupla Governança até setembro de 1834.
O governo revolucionário expede ações e continua saques e matança nas propriedades da Chapada e Rio Abaixo.
Poupino sem forças solicita á regência um substituto.

FIM DO MOVIMENTO
Setembro de 1834 o Governo Regencial envia o substituto de Poupino Caldas – Antonio Pedro de Alencastro.
Prende os considerados “cabeças” e mais de quarenta são processados, apenados com prisões simples, galés e perpetuas e poucos liberados.



Os “cabeças” da RUSGA
Pascoal Domingues de Miranda
Bel em Direito  e Juiz de Direito em Cuiabá
Brás Pereira Mendes
Professor de Filosofia e Lógica
José Jacinto de Carvalho
Promotor Publico
Bento Franco de Camargo
Vereador da Câmara de Cuiabá e Secretário da Sociedade Zelosos da Independência
Caetano Xavier da Silva Pereira
Bel em Direito. Vereador da Câmara de Cuiabá. Major da Guarda Nacional

Como ficou João Poupino Caldas?
Como membro da Sociedade Zelosos da Independência, acreditava que poderia fazer as reformas necessárias sem necessitar de luta armada.
Não reprimiu nem comunicou inicialmente á regência o que estava ocorrendo em Cuiabá.
Quando Antonio Pedro de Alencastro chega a Cuiabá e reprime os revoltosos Poupino torna se seu braço direito.
Gerou protesto dos zelosos da independência, seus antigos aliados.
No Rio de Janeiro os presos pela revolta acabaram trabalhando contra Poupino e em 01/12/1836 a Regência demite Antonio Pedro de Alencastro e Poupino isolado decide sair de Cuiabá e é assassinado com uma bala de prata.
Panfleto espalhado no dia seguinte á seu assassinato:
No dia nove de maio
Depois da Ave Maria
Matei Coronel Poupino
Fiz tudo quanto queria

CARACTERISTICAS DA RUSGA

Escravidão: Não planejavam romper
Questões raciais: a maioria dos revoltosos eram mulatos ou crioulos
Curiosidade:
Espalharam a conversa de que a Regência decretou anistia para todos que em dois meses matasse bicudos

Foi uma luta travada no interior das elites cuiabana e deve ser entendida dentro do contexto das revoltas regenciais

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